Fórum das Cooperativas Agropecuárias debate comunicação como ferramenta estratégica
Evento discutiu, ainda, excelência operacional, alternativas para financiamento das safras e foi palco para a apresentação de casos de cooperativas de sucesso
Brasília (5/4) – Excelência operacional em custos e despesas, avaliação das vantagens e desvantagens e, ainda, recomendações para promover a competitividade nas cooperativas. Estes foram os assuntos que deram o tom do segundo dia do Fórum das Cooperativas Agropecuárias, que ocorre em São Paulo (SP), desde ontem, e que conta com a participação tanto de representantes do Sistema OCB, quanto das próprias cooperativas agropecuárias.
Os temas citados foram discutidos hoje durante o painel Competitividade das Cooperativas versus Empresas Tradicionais, cujos objetivos eram discorrer sobre a importância do cooperativismo e suas vantagens frente a outras empresas mercantis e, ainda, a relação cooperativa e empresa tradicional quanto a remuneração de executivos, índices de produtividade, rentabilidade por segmento de negócios e capacitação.
COMUNICAÇÃO – Durante as mesas redondas, a que mais se destacou foi “Comunicação Interna e Externa como Gestão Estratégia para à Cooperativa”. Para os representantes do setor, embora o cooperativismo seja um movimento com alta capacidade empreendedora de aproveitar oportunidades e de se posicionar competitivamente, inclusive em momentos de crise, há um enorme desafio para ser superado: a divulgação dos diferenciais e de sua capacidade econômica, afinal, estamos falando de um segmento que tem participação em praticamente 50% da produção agropecuária brasileira, por exemplo.
“E para que isso ocorra, é preciso pensar na comunicação como ferramenta estratégia. Temos de falar não só para nós, para dentro, mas falar para fora, para a sociedade. Esse processo é fundamental para que as pessoas conheçam o que o cooperativismo já faz e ainda pode fazer para a construção de um Brasil melhor e de um mundo mais justo e sustentável”, comenta Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Segundo ele, é importante ressaltar a importância de se pensar e agir de forma planejada. “Construímos, em 2014, um planejamento específico de comunicação, para concretizarmos a visão que estabelecemos em nosso planejamento sistêmico – para que o cooperativismo seja reconhecido, até 2025, por sua competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade aos cooperados”, conclui a liderança.
PAINEL FINANCEIRO – O Fórum também teve espaço para discutir a gestão e a mitigação de riscos no agronegócio. Os painelistas trataram de assuntos que envolvem o novo cenário de crédito e financiamento voltados ao setor, ressaltando as melhores alternativas à captação de recursos e, ainda, as práticas para evitar a inadimplência e diminuir o risco de operações financeiras.
AGRÁRIA – Representantes da Agrária fizeram a apresentação da trajetória da cooperativa agroindustrial, localizada no distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR). Eles explicaram, por exemplo, como são desenvolvidos todos os processos com vistas à melhoria dos negócios e à facilitação da rotina de trabalho.
Estabelecida na década de 1950, a cooperativa Agrária alia tradição e história à tecnologia e gestão de excelência. A partir da agricultura, ela instituiu cadeias produtivas completas, que compreendem desde pesquisa agrícola, realizada pela FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) até a industrialização.
As principais culturas produzidas pelos cooperados são soja, milho, trigo e cevada. Às commodities agrega-se valor por meio das unidades de negócios Agrária Malte, Agrária Farinhas, Agrária Nutrição Animal, Agrária Sementes, Agrária Óleo e Farelo e Agrária Grits e Flakes
Para dar suporte à produção, a Cooperativa Agrária conta com uma matriz energética própria, estrutura logística que engloba três unidades de armazenagem, além de um moderno laboratório central que realiza análises em todas as etapas da cadeia produtiva.
Diante do seu compromisso com o futuro, a Agrária investe ainda em educação, na preservação da cultura e na saúde e bem-estar de toda a comunidade, investindo no Colégio Imperatriz Dona Leopoldina, Fundação Cultural Suábio-Brasileira e Hospital e Farmácia Semmelweis.