Intercooperação: uma estratégia econômica de gestão

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Brasília (8/4) – Cinco meses após o lançamento da marca Alegra Foods, as cooperativas Castrolanda, Batavo e Capal já têm muito a comemorar. Aliás, a união entre elas é o exemplo concreto de que a intercooperação dentro do movimento cooperativista é uma estratégia econômica de gestão que dá resultados bastante positivos. Em novembro do ano passado, as cooperativas lançaram a marca junto aos supermercados do Paraná.

Atualmente, a Alegra Foods busca, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sua habilitação para figurar na lista geral de exportadores, vislumbrando dentre outros países Hong Kong, África e os integrantes do Mercosul.

A expectativa das cooperativas é de que a habilitação da marca ocorra nas próximas semanas. A unidade industrial pretende dividir sua produção em três partes: exportar 30%, transformar 40% em produtos industrializados e destinar os outros 30% às indústrias processadoras aqui mesmo no Brasil.

VANTAGEM – Fruto do modelo de negócios aplicado pelas cooperativas Castrolanda, Batavo e Capal, a intercooperação que deu origem à unidade de carnes, garante alianças estratégicas em investimentos que oferecem ao cooperado uma alternativa rentável e estruturada no mercado. Além de promover um dos princípios do cooperativismo, operando juntas as cooperativas geram economia de escala e ganham força nos mercados regional, nacional e internacional.

INVESTIMENTO – As cooperativas investiram pesado na unidade. Do total de mais de R$ 200 milhões, 55% foram aportados pela Castrolanda, a Batavo colocou 25% e, a Capal, 20%. Neste modelo de investimento, os cooperados produtores de suínos investem na indústria do resultado na proporção de 40%.

INOVAÇÃO – O diretor da Castrolanda, Richard Hendrik Borg, disse que o sucesso da unidade deve-se à capacidade de inovação das três cooperativas. “Tivemos a coragem e a felicidade de chamar as cooperativas coirmãs Batavo e Capal para participar desse projeto inovador e as coisas deram certo. A partir da criação de unidades de negócio pudemos avançar com muito mais leveza nesse projeto. É uma alegria para nós que o projeto de carnes tenha sido o primeiro, realmente, que as três cooperativas abraçaram para começar juntas desde o zero. Desejo que esta, realmente, seja uma história de sucesso”, enfatiza Richard Borg.

EXPANSÃO – A unidade industrial de carnes da Alegra Foods tem 44 mil m2 de área construída, está localizada na cidade de Castro, interior paranaense, e já é responsável por gerar 400 empregos diretos e outros 1,8 mil, indiretos. Lá, os funcionários se encarregam de desossar e industrializar a carne de 2,3 mil suínos por dia.

De acordo com o superintendente da unidade, Ivonei Durigon, o processamento da carne suína deve demandar, até junho deste ano, a contratação de outros 200 funcionários. Além disso, segundo ele, há a expectativa de dobrar a capacidade de produção, em quatro anos. Quando estiver em pleno funcionamento, a indústria processará 600 mil suínos/ano, na primeira fase, podendo expandir sua produção para mais de dois milhões de suínos, anuais, de acordo com o aumento da capacidade produtiva dos cooperados.

O NOME – O significado da marca – Alegra Foods – foi pensado para que o consumidor associasse os produtos a coisas positivas, como alimentação saudável, bem estar e sabor. Para o grupo de cooperativas, o nome é de fixação fácil, que soa bem ao ouvido e que cativa o inconsciente do público. Além do mais, Alegra sugere alegria, felicidade, contentamento. A marca chegou a ser testada em mercados externos como Caribe, Rússia, Ucrânia, Dubai, China, Singapura, com a intenção de medir a aceitação. E o resultado foi muito positivo, segundo avaliam os executivos.
(Com informações da Ascom da Castrolanda)

 

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