Koslovski leva a Stephanes preocupações das cooperativas
Antes de participar da audiência com demais lideranças do setor produtivo da cadeia do trigo, realizada na quarta-feira (18/2), em Brasília (DF), o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski e o secretário da Agricultura do Estado do Paraná, Valter Bianchini aproveitaram a ocasião para conversar com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, sobre diversos assuntos de interesse do agronegócio e das cooperativas paranaenses.
Prodecoop - Na conversa com o ministro, Koslovski falou sobre as dificuldades de acesso aos recursos para Capital de Giro do Programa de Infra-estrutura das Cooperativas (Prodecoop/Giro), devido ao fato que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está considerando como projeto novo, e assim a sua analise deverá ser mais demorada. O ministro solicitou ao Secretário de Política Agrícola do Mapa, Edilson Guimarães para colocar o assunto em pauta para que sejam encontradas alternativas para acelerar este processo de analise.
Proagro - Koslovski manifestou preocupação em relação ao limite de amparo de seguro para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Segundo ele, hoje é de até R$ 150 mil, limitando para que muitos produtores possam segurar suas lavouras na totalidade. "Precisamos ampliar este limite para que mais produtores sejam beneficiados", frisou o dirigente. Ele também sugeriu ao ministro para que seja viabilizada junto ao Proagro, a possibilidade de rescisão do contrato de adesão ao seguro por opção do produtor, no final do ciclo da cultura. "Desta forma, no inverno, poderíamos ter cobertura pelo Proagro tanto do milho safrinha como do trigo com valores superiores ao limite atual, R$ 150 mil", frisou. Para discutir uma solução para estes pleitos, foi agendada uma reunião entre a Ocepar, através do Gerente Técnico Econômico, Flávio Turra com o Diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura, Wellington Soares de Almeida para o dia 26 de fevereiro, em Brasília.
Culturas consorciadas - O presidente da Ocepar aproveitou para apresentar ao ministro Stephanes um trabalho elaborado pela cooperativa Cocamar com dados da Embrapa sobre a viabilidade de culturas consorciadas. Atualmente, as culturas consorciadas não são amparadas pelo Proagro e o pleito das cooperativas é que elas venham ser incluídas no seguro oficial, uma vez que a produtividade no sistema consorciado é tão ou mais produtiva do que no convencional. O ministro informou de que este pleito deverá ser atendido para a próxima safra de verão.
Fundo de Catástrofe - Entre os pontos apresentados ao ministro, Koslovski destacou sobre a necessidade urgente da aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC), pelo Congresso, do Fundo de Catástrofe. Stephanes disse que o Mapa está acompanhando de perto os trabalhos dos deputados, especialmente do relator, deputado federal Moacir Micheletto.
Crédito Rural - O presidente da Ocepar solicitou ao ministro para que seja incluído um representante do cooperativismo no Grupo de Trabalho criado pelo Ministério da Agricultura para colaborar e acompanhar as discussões relativas às mudanças que serão realizadas na atual política de crédito rural. O ministro acatou de imediato esta solicitação do setor.
Trigo - Logo após a conversa com Stephanes, tanto Koslovski como o secretário da Agricultura, Valter Bianchini e o gerente Técnico e Econômico da Ocepar, Flávio Turra participaram da audiência com representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno. O coordenador da Câmara, Rui Polidoro apresentou as propostas de política para as culturas de inverno para a safra 2009/10. Em seguida, o presidente da Ocepar falou sobre alguns pontos importantes para que, especialmente, a produção de trigo seja vista por produtores e cooperativas como uma alternativa viável na próxima safra. Koslovski também pediu a manutenção da Tarifa Externa Comum - TEC para o trigo e seus derivados em 10%, como forma de tornar consistente a política agrícola. Além disso, estão solicitando ao governo o estabelecimento de uma tarifa compensatória em percentual que neutralize as vantagens concedidas na origem para a farinha de trigo e pré-misturas de farinhas importadas da Argentina, além de alteração na legislação sobre a Cabotagem, zerando o adicional de Marinha Mercante para o trigo. (Fonte: Ocepar)
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