Lideranças internacionais prospectam novas experiências no Brasil

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Após curso de formação, representantes do movimento cooperativista de seis países se reúnem na sede do Sistema OCB para discutir seu papel como agente de promoção socioeconômica

Brasília (1º/12) – Representantes do movimento cooperativista de seis países participaram hoje do Seminário Cooperativismo e Desenvolvimento Internacional. O evento ocorreu na sede do Sistema OCB, em Brasília, e teve por objetivo discutir o papel do cooperativismo em Angola, Botsuana, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e Timor Leste como agente de promoção socioeconômica internacional.

A abertura, que contou com a participação da embaixadora de Botsuana no Brasil, Bernadette Rathedi, e do Diretor de Política Internacional da ACI, Rodrigo Gouveia, foi feita pelo superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile. Segundo ele, é sempre uma honra quando outros países, buscam a experiência brasileira para aprimorar seus modelos de gestão e processos.

“Temos a missão de representar as cooperativas brasileiras junto ao Governo Federal, Congresso Nacional, agências de regulação e parceiros, como a Embrapa, por exemplo, que vocês tiveram a oportunidade de conhecer, na semana passada”, comentou Nobile.

O superintendente apresentou e distribuiu materiais institucionais, produzidos pelo Sistema OCB. Dentre eles, Nobile fez questão de frisar o documento Propostas do Sistema OCB à Presidência da República - 2015 a 2018. O superintendente informou ao grupo que o documento reúne as necessidades prementes do setor, listadas em um processo de construção participativa e que reflete os anseios do cooperativismo em torno dos principais desafios e oportunidades, perante o poder público.

Segundo ele, nos últimos anos, o cooperativismo tem firmado sua participação e posição de destaque na economia do país e na construção de uma sociedade mais justa e com indicadores extremamente representativos. “Por isso, precisamos aproveitar o momento para evidenciar o cooperativismo como uma importante ferramenta para o desenvolvimento do Brasil, tendo em vista seus inúmeros diferenciais. As cooperativas são empreendimentos sustentáveis, que valorizam a participação dos seus associados, a gestão democrática e o interesse pela comunidade”, comenta Renato Nobile.

FORMAÇÃO – Entre os dias 24 e 28 de novembro, o Sistema OCB, em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação e Embrapa, promoveu um curso de formação em horticultura destinado às lideranças cooperativistas estrangeiras. Integraram o grupo, delegados de Angola, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e Timor Leste. Eles são ligados a cooperativas-membro da Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa.

Além deles, cooperativistas de Botsuana, país da região austral da África, também participaram do treinamento. A vinda do grupo botsuanês é um dos desdobramentos do acordo de cooperação firmado entre os governos dos dois países, em 2005, por meio da Agência de Cooperação Brasileira, visando ao fortalecimento da economia de Botsuana, por meio do cooperativismo.

O objetivo do curso de formação da semana passada foi o fortalecimento das cooperativas de horticultores familiares nesses países. O curso ocorreu na sede da Embrapa Hortaliças, em Brasília.

SIMILARIDADE – As cooperativas desses países, embora de tamanhos e organização diferentes, enfrentam desafios similares na produção de hortaliças. Os produtores enfrentam grandes perdas no plantio devido a métodos pouco eficazes de irrigação e processamento.

Em Brasília, os delegados buscam conhecer a experiência brasileira na aérea. Eles terão ainda a oportunidade de visitar uma cooperativa de produtores familiares e trocar experiências com cooperativistas brasileiras.

Atuação internacional: a OCB é membro de 13 organizações internacionais, onde desempenha o papel de representante do cooperativismo brasileiro. A organização tem se consolidado com grande fomentadora da intercooperação internacional, bilateral e no âmbito de organismos.

PROGRAMAÇÃO – O seminário foi conduzido pelo Diretor de Política Internacional da ACI, Rodrigo Gouveia, que falou sobre a história, a estrutura de governança e de representação da ACI, bem como seu papel no desenvolvimento internacional do movimento cooperativista.

O analista de Relações Institucionais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, fez uma apresentação institucional sobre o cooperativismo brasileiro e seu sistema de representação. Já o analista técnico e econômico, Pedro Silveira, ministrou breve palestra sobre a atualidade do setor agropecuário no Brasil.

À tarde, o grupo visitou a COPA-DF, uma das cooperativas mais antigas do Distrito Federal, com 35 anos de uma história e 120 associados. Dentre os principais produtos da cooperativa estão farinha de trigo, farelo de trigo especial, mistura para pão francês e farinha integral. Leia mais sobre a Copa DF.

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