Linha emergencial do BNDES ultrapassa R$ 4 bi em aprovações
Brasília (19/6/20) – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) já aprovou, até esta quarta-feira (17), mais de R$ 4 bilhões em financiamentos para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) na linha emergencial BNDES Crédito Pequenas Empresas. O volume ultrapassou 80% do total previsto, de R$ 5 bilhões, para uso livre das empresas.
No entanto, se o teto for atingido, o banco considera liberar mais recursos para atender às empresas que acessarem esse crédito. “Colocamos essa linha logo no início da crise e devemos ter necessidade de expandir esse valor de R$ 5 bilhões, mas isso não será nenhum tipo de gargalo para a oferta de financiamentos”, disse o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
Ao todo, foram liberados nessa linha financiamentos para 12.192 empresas que são clientes das instituições financeiras credenciadas para oferecer o crédito no modelo indireto. O Banco estima em 280 mil os empregos que puderam ser mantidos com esses recursos em meio à crise.
O principal setor econômico contemplado foi o de comércio e serviços, com 78,3% dos recursos. Indústria de transformação (20,8%) e agronegócio e indústria extrativista (1%) completam a lista. O volume diário de aprovações médio está em torno de R$ 70 milhões.
O BNDES Crédito Pequenas Empresas disponibiliza crédito rápido, ágil e flexível a micro, pequeno e médios empresários (empresas com faturamento de até R$ 300 milhões por ano). A operação se dá por meio da rede de agentes financeiros parceiros, públicos e privados. Os financiamentos serão dados em valor de até R$ 70 milhões anuais, com carência de até 24 meses e prazo para pagamento de até 60 meses. Não há necessidade de justificar a destinação destes recursos.
Para ajudar os empreendedores, o BNDES ofereceu uma série de facilidades, como vídeos explicativos e uma página em seu site com tabelas onde podem ser encontrados os agentes que mais oferecem a linha e a taxa média operada por setor e por estado. Veja mais aqui.
Apoio a etanol já está disponível – Já está disponível o Programa de Apoio ao Setor Sucroalcooleiro (PASS), criado para apoiar a estocagem de etanol e ajudar as empresas do setor a atravessar a pandemia. Com dotação de R$ 1,5 bilhão e previsão de apoio do setor financeiro de igual valor, o PASS disponibiliza crédito entre R$ 10 milhões e 200 milhões e está disponível para empresas, cooperativas e empresários individuais com receita operacional bruta igual ou superior a R$ 300 milhões.
Como incentivo à preservação dos empregos, as companhias apoiadas pelo PASS não poderão reduzir seu quadro permanente de pessoal durante dois meses. Além disso, as que mantiverem ou aumentarem os postos de trabalho nos próximos 12 meses terão um custo mais barato.
Novo crédito âncora já em negociação – No início do mês de junho, o Banco anunciou a criação de novos programas para apoio a empresas afetadas pela crise econômica. Entre eles, está uma linha que vai apoiar diretamente as pequenas e médias empresas inseridas em cadeias produtivas em todos os setores da economia. Esse programa vai oferecer capital de giro através do financiamento concedido a uma empresa âncora, ou líder do processo.
Esse programa, chamado BNDES Crédito Cadeias Produtivas, tem orçamento de R$ 2 bilhões e já está em fase de negociação com grandes empresas. O banco concederá empréstimos às empresas-âncora, que serão responsáveis por repassar o dinheiro para a sua cadeia de fornecedores, distribuidores ou franqueados. Estas PMEs ancoradas poderão usar esse capital de forma livre para se manter durante a crise.
As empresas-âncora deverão ter Receita Operacional Bruta (ROB) igual ou superior a R$ 300 milhões e os valores de financiamento do BNDES serão entre R$ 10 milhões e R$ 200 milhões. A taxa de juros desses financiamentos será a soma do custo financeiro do BNDES, da sua remuneração básica de 1,1% ao ano e da taxa de risco de crédito definida para cada empresa- âncora. O prazo dos empréstimos é de até cinco anos, com até dois anos de carência.
Pedidos de empréstimos do BNDES Crédito Cadeias Produtivas poderão ser apresentados até o dia 30 de setembro e os trâmites para a concessão de crédito seguirão uma linha especial mais célere, desenvolvida no Plano de Ação Emergencial de combate à pandemia da Covid-19 para agilizar o tempo usual de processamento de pleitos e garantir o rápido acesso das empresas aos recursos das ações durante a pandemia.
Volume total aprovado supera R$ 18 bilhões – Além da linha Crédito Pequenas Empresas, o BNDES já aprovou a quantia total de R$ 18,76 bilhões. Essa conta soma todas as linhas emergenciais que foram lançadas desde o início da pandemia. Entre os principais destaques, estão os valores de R$ 3 bilhões aprovados em suspensões de pagamentos (standstill) indiretos automáticos, feitas via agente financeiro, e de R$ 6,9 bilhões para o standstill de operações feitas diretamente com o BNDES.
Todas as ações emergenciais do BNDES para combate aos efeitos da crise decorrente do novo coronavírus que já foram anunciadas estão disponíveis aqui.
APOIO VIRTUAL
Em maio, a Central de Atendimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) incorporou ao seu site um ChatBot: um robô virtual que interage dialogando com as pessoas por meio de texto, tirando dúvidas sobre as medidas emergenciais de enfrentamento aos efeitos da pandemia da covid-19. Simulando uma conversa real, o assistente virtual permite interações mais amigáveis e pessoais, o que vem melhorando a experiência dos clientes e permitindo um volume inédito de atendimentos.
Pela natureza da tecnologia, com disponibilidade 24 horas por dia e sete dias por semana, há ganhos de escala e eficiência, com automatização de demandas frequentes. Isso permite uma disponibilidade maior dos operadores da central de atendimento para responder perguntas mais personalizadas e específicas.
O assistente virtual está disponível na página BNDES contra os efeitos do coronavírus. Em gestação desde 2017, o projeto de ChatBot do BNDES foi acelerado diante da crise da Covid-19. O robô virtual é um programa de computador capaz de interagir com seres humanos, interpretar perguntas e dar respostas adequadas, utilizando algoritmos de inteligência artificial.
Essas características, segundo levantamento realizado pela área de tecnologia da Informação do Banco, estimularam aumento expressivo no volume de interações. Desde a estreia, em 15 de maio, até a primeira semana de junho, foram mais de 3 mil conversas, com taxa de sucesso de 90% no esclarecimento de dúvidas. (Fonte: BNDES)