Mapa investe R$ 52 milhões em medidas fitossanitárias contra pragas
Para garantir o controle de pragas e vegetais no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem atuado de forma sistemática e, nos últimos três anos, investiu R$ 52 milhões em ações. O trabalho, coordenado por técnicos do Departamento de Sanidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (DSV/SDA), inclui o desenvolvimento de programas como o de Erradicação da Mosca da Carambola e o de Controle de Moscas das Frutas. Produtos, como mamão, manga, cucurbitáceas (abóbora e melancia) livres dessas pragas podem ser exportados.
A pesquisa científica é fator importante para o controle de pragas. Em 2007, o Mapa agiu para simplificar a importação de material de suporte para esse trabalho. “Os trâmites estabelecidos diminuíram o tempo das análises e da espera de autorização para importação”, explica o diretor do DSV, André Peralta. É recomendada quarentena para cerca de 80% dos produtos analisados e sua liberação só ocorre após exames mais detalhados e comprovada a ausência de pragas. Naquele ano, foram analisados e aprovados 369 processos; em 2008, 360 e, em 2009, 435.
Todo produto vegetal que ingressa no Brasil deve passar por análises de riscos fitossanitários. Essa necessidade levou o Ministério da Agricultura a realizar, entre 2007 e 2009 54 análises de risco de pragas. Além disso, encaminhou 47 relatórios a outros países com informações sobre espécies vegetais para subsidiar a abertura de mercados internacionais para produtos brasileiros (foram 14 em 2007, seis em 2008 e 27 em 2009).
Programas de controle - Ainda nesse período, foram desenvolvidos os programas nacionais de Controle do Bicudo-do-Algodoeiro e da Ferrugem Asiática da Soja, além da contenção da mosca da carambola, no Amapá. A lagarta das maçãs (Cydia pomonella) foi erradicada no município de Bom Jesus e contida em Caxias do Sul e Vacaria/RS e Lages/SC.
Outras ações também foram executadas para erradicar o greening (doença que afeta frutas cítricas) e o cancro da videira (bactéria que prejudica as folhas e a qualidade das uvas), prevenir e controlar a traça da bananeira e a sigatoka negra, que atinge o crescimento e produtividade da banana. Também é exercida a vigilância da monilíase do cacaueiro, nas áreas de fronteira do Brasil com a Venezuela, Colômbia e Peru, onde ocorre a praga. (Leilane Alves)
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