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Terminou nesta semana o ciclo de visitas técnicas do cooperativismo aos Estados Unidos, da qual participaram o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Luís Tadeu Prudente Santos, e os analistas de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Paulo César Dias do Nascimento e Gustavo Beduschi. O objetivo da viagem foi a aquisição de conhecimentos e troca de experiências para subsidiar a execução do projeto “Desenvolvimento de Redes de Abastecimento de Cooperativas Agropecuárias”, promovido pelo Sistema OCB/Sescoop-GO, com recursos do Fundo Solidário de Desenvolvimento Cooperativo (Fundecoop).
A ideia do projeto é buscar novos modelos, que fujam do sistema tradicional de centrais de compras, mas que avancem no processo de integração em forma de rede, com gestão centralizada, marca única, padronização de sistemas de informática e operacionais, além de políticas de marketing. “Nosso objetivo foi conhecer esses modelos de rede que já funcionam nos EUA, para que o cooperativismo brasileiro possa desenvolver modelos próprios”, comentou Luís Tadeu.
Durante uma semana, a comitiva passou por diversas cidades nos estados de Illinois e Missouri, localizados no centro da região conhecida como “Corn Belt” (Cinturão do Milho). Lá, na presença de professores da Missouri University (MU), participaram de palestras e reuniões com dirigentes de cooperativas locais quando receberam informações sobre o panorama da agricultura americana, para contextualizar o trabalho realizado pelas cooperativas norte-americanas.
De acordo com os analistas da OCB, o ponto que mais chamou a atenção do grupo foi a estreita relação existente entre as cooperativas e os associados. “Existe uma ligação muito forte entre esses dois atores, com uma prestação intensa de serviços. Reparamos que essa é uma relação que as cooperativas brasileiras podem aperfeiçoar. Apesar de depender de uma mudança de cultura, é perfeitamente possível implantar o modelo no Brasil”, disse Beduschi.
Segundo Paulo César do Nascimento, a prestação de serviços e assistência técnica aos cooperados foi se aperfeiçoando ao longo do tempo e, com isso, fidelizando os associados. Pesquisas realizadas pelas cooperativas visitadas (MFA Inc., Ray Carroll, FCS Financial e Growmark) apontam um alto nível de satisfação dos cooperados. “A gestão de riscos é outro fator de destaque nessa fidelização, uma vez que as cooperativas prestam excelente serviço aos cooperados utilizando ferramentas como hedge e contratos de opção”, destacou.
O projeto “Desenvolvimento de Redes de Abastecimento de Cooperativas Agropecuárias” está sendo coordenado pelo presidente da Centroleite, de Goiás, Haroldo Max de Sousa, em conjunto com a Minasleite, de Minas Gerais. O relatório completo da missão aos Estados Unidos, que será elaborado pelo grupo de participantes, servirá de subsídio para o planejamento das atividades que vão compor o projeto. A ideia é que em 2013 as primeiras ações já sejam realidade.
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