Movimento cooperativista perde uma grande referência
Geci Pungan que faleceu no sábado, tem sua história confundida com a do próprio cooperativismo
Brasília (1º/2) – Uma grande perda para o cooperativismo brasileiro. Geci Pungan, nome de destaque do movimento cooperativista nacional, faleceu no sábado, dia 30/1, após mais de 40 anos de atuação em prol do setor. Tido como uma referência, Geci que era natural de Seara (SC) deixa esposa, filha e muitos amigos em todas as partes do país.
Geci tinha 72 anos e era superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no estado de Santa Catarina (Sescoop/SC). O cooperativista fez parte do grupo técnico nacional que fundamentou as bases para a criação do Serviço Nacional, há 16 anos. O Sescoop é, hoje, um braço fundamental no que diz respeito à profissionalização de dirigentes, associados e colaboradores de cooperativas.
Contador e auditor profissional, prestou mais de 40 anos de relevantes serviços ao cooperativismo catarinense e brasileiro. Na década de 1980 atuou no Instituto Técnico das Cooperativas (ITEC), organismo que teve importante papel na qualificação do setor. Também ocupou a função de superintendente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), onde assegurou diversas conquistas às cooperativas catarinenses.
Pungan colaborou, incentivou, participou e assessorou a constituição de dezenas de cooperativas dos ramos Agropecuário, Crédito, Transporte, Saúde, Consumo, Infraestrutura, Educação, Habitação e Trabalho.
DEPOIMENTOS
EXCELÊNCIA - “Não tem como falar de cooperativismo sem fazer um vínculo com a atuação do amigo Geci. Com sua vasta experiência nas áreas de contabilidade e auditoria, ele trabalhou muito para que hoje tivéssemos um nível de organização contábil de excelência. Ao colaborar, por exemplo, com a criação do Sescoop, ele garantiu o futuro do cooperativismo, sobretudo quando o assunto é qualificação profissional. O movimento cooperativista vive profunda dor, pois perde um de seus maiores entusiastas.” Márcio Lopes de Freitas – presidente do Sistema OCB
AGREGADOR - “O Geci tinha um jeito firme de se posicionar quando se tratava de defender a essência do cooperativismo e seus mecanismos de desenvolvimento, mas ao mesmo tempo, ele sempre tinha um olhar acolhedor para com a opinião dos colegas. Ele sempre fez questão de aprender com o ponto de vista alheio, pois acreditava que isso sinalizava o quanto ele valorizava as relações humanas. Sem sombra de dúvidas: Geci, com sua integridade e capacidade agregadora, foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento da organização do cooperativismo brasileiro.” Renato Nobile – superintendente do Sistema OCB
COMPETÊNCIA – O presidente do Sistema Ocesc, Marcos Antônio Zordan, declarou que “Geci contribuiu decisivamente para as cooperativas atingirem o elevado nível de desenvolvimento gerencial e econômico da atualidade”. Acrescentou, ainda, que todos os ex-presidentes da entidade contaram com seu “competente e leal assessoramento”.
DESTAQUE – "No cooperativismo temos grandes líderes que possuem funções diferentes. Uns se destacam pela defesa dos princípios e valores do cooperativismo, o Geci era um desses cooperativistas." Cergio Tecchio, presidente do Sistema OCEB e integrante do Conselho Nacional do Sescoop
PROFISSIONALISMO – “Todas as vezes que trabalhei diretamente com o Geci, ele sempre me surpreendia com seu comprometimento e profissionalismo. É inegável que ele respirava cooperativismo e que não media esforços para alcançar tudo aquilo que tivesse o objetivo de melhorar a rotina das cooperativas. Um de seus focos de atuação era a profissionalização de dirigentes, associados e colaboradores de cooperativas. Ele sempre será uma fonte de inspiração para todos nós!” Karla Oliveira – gerente geral do Sescoop
GESTÃO E GOVERNANÇA – “Como catarinense, pude ver o quanto a atuação do Geci, focada em práticas de gestão e governança, melhorou as rotinas das cooperativas do estado de Santa Catarina. Era muito claro, para ele, que o papel das organizações estaduais é contribuir com a melhoria operacional da nossa base e, por isso, nunca media esforços para encontrar a solução mais adequada para cada questão que lhe era apresentada. O movimento cooperativista tem o dever de se lembrar do Geci como alguém que fez a diferença.” Tânia Zanella – gerente geral da OCB
DESPEDIDA
O corpo do superintendente Geci Pungan foi cremado no fim da tarde de sábado (30/1), no Crematório Vaticano, de Balneário Camboriú (SC), depois de despedida que reuniu centenas de amigos, familiares, colegas de trabalho e autoridades. A causa da morte foram as complicações decorrentes de um câncer de pulmão. (Com informações da assessoria de imprensa do Sistema Ocesc)