OCB: 44 anos desenvolvendo o cooperativismo brasileiro

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Criada na década de 70, a Organização das Cooperativas Brasileiras representa política e institucionalmente o interesse de mais de 46 milhões de pessoas

Brasília (2/12) – A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) completa hoje 44 anos de atividades intensas em prol do desenvolvimento sustentável do cooperativismo no Brasil. Criada em 1970, a entidade substituiu a Associação Brasileira de Cooperativas (ABCOOP) e a União Nacional de Cooperativas (Unasco). Atualmente, a OCB tem em seus registros 6,8 mil cooperativas, o que possibilita afirmar que, pelo menos, 11,5 milhões de brasileiros são associados. Considerando o universo familiar, é possível garantir que cerca de 46 milhões de pessoas estão ligadas diretamente ao cooperativismo. Esse número equivale a 22,8% da população brasileira.

E quando o assunto é geração de emprego, o cooperativismo sobressai em relação a muitos setores de atividade econômica. Graças aos seus 13 segmentos econômicos, as cooperativas brasileiras empregam, formalmente, 337 mil pessoas no país, especialmente na região Sul, onde esse número é maior: 162 mil 317 empregos gerados.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, afirma que o grande diferencial do cooperativismo é ter sua força na união de pessoas. “Estamos falando de um movimento que valoriza e prioriza o capital humano. Ser cooperativista é empreender e trabalhar em conjunto, ciente de que unidos somos mais fortes e conquistamos mais. Nos referimos a um modelo de negócios, que insere as pessoas economicamente e socialmente, promovendo naturalmente o desenvolvimento sustentável, proporcionando o crescimento não só dos seus associados diretos e funcionários, mas das comunidades onde está presente”, afirma Márcio Freitas.

Entre suas atribuições, a OCB é responsável pela promoção, fomento e defesa do sistema cooperativista, em todas as instâncias políticas e institucionais. É de sua responsabilidade também a preservação e o aprimoramento desse sistema, o incentivo e a orientação das sociedades cooperativas.

REPRESENTAÇÃO – Junto com a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), responsável pela representação da categoria econômica para fins sindicais, e com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), que cuida da promoção da cultura cooperativista e do aperfeiçoamento da gestão, a entidade compõe o Sistema OCB, cuja missão é a representação político-institucional do setor.

“Nosso objetivo é atuar em todas as frentes para promover o desenvolvimento do movimento cooperativista e fazer com que a população reconheça no seu dia a dia a presença e a importância do segmento. Queremos mostrar que o alimento consumido diariamente e os serviços financeiros ou de transporte podem vir de uma cooperativa. Da mesma maneira, o atendimento prestado por um profissional de saúde, entre tantos outros setores nos quais atuamos. Enfim, a ideia é mostrar como trabalhamos, sensibilizando a população e convidando-a a fazer parte dessa filosofia e prática de vida”, afirma o presidente do Sistema OCB.

ATUAÇÃO – Tendo em vista seu importante papel de agente de desenvolvimento econômico e social, a ONU declarou 2012 como Ano Internacional das Cooperativas. Mais do que já fazia, o Sistema OCB intensificou suas ações com vistas a alcançar as metas da Década do Cooperativismo, instituída pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para fomentar o cooperativismo brasileiro. Diversas alianças estratégicas têm sido firmadas com esse propósito. Banco Central do Brasil, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa, além das próprias agências reguladoras estão entre os principais parceiros do cooperativismo brasileiro.

De acordo com o Plano de Ação para a Década do Cooperativismo, em 2020 o setor deverá ser visto como exemplo de sustentabilidade econômica, social e ambiental; como modelo de negócio preferido pelas pessoas; e como tipo de empresa de mais rápido crescimento.

PLANEJAMENTO – E para buscar essas metas, o Sistema OCB, pela primeira vez, consolidou em um mesmo plano estratégico as ações de suas três Casas, unificando a visão de futuro que é: “Em 2025, seremos reconhecidos pela sociedade por nossa competitividade, integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados”.

Para isso, as instituições componentes do Sistema OCB deverão superar sete desafios mapeados:

1 – Qualificar a mão de obra para o cooperativismo;
2 – Profissionalizar a gestão e a governança;
3 – Fortalecer a representatividade do cooperativismo;
4 – Estimular a intercooperação;
5 – Fortalecer a cultura cooperativista;
6 – Promover a segurança jurídica e regulatória;
7 – Fortalecer a imagem e a comunicação do cooperativismo.

POLÍTICAS PÚBLICAS – Outra ação empreendida pelo Sistema OCB em prol do desenvolvimento das cooperativas foi a apresentação de seis macro temas que envolvem as necessidades mais prementes do movimento cooperativista. É o documento Propostas do Sistema OCB à Presidência da República – 2015/2018. A ideia é subsidiar o governo na elaboração de políticas públicas que, de fato, atendam às cooperativas brasileiras. Os seis macros temas são:

1 – Reconhecimento da importância econômica e social do cooperativismo;
2 – Ato cooperativo e simplificação da carga tributária;
3 – Modernização da Lei Geral das Cooperativas;
4 – Acesso ao crédito e linhas de financiamento público;
5 – Segurança jurídica e regulatória para o cooperativismo;
6 – Eficiência do Estado e gestão pública.

FUTURO – “Diante de todo este cenário, o desafio do Sistema OCB é continuar atuando fortemente, lado a lado com as unidades estaduais e as cooperativas, para que o setor seja, de fato, reconhecido como modelo de desenvolvimento econômico sustentável e socialmente responsável que é, ou seja, uma alavanca do crescimento do país”, conclui Márcio Freitas.

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