OCB-AM avalia prêmio Nobel de economia como fato positivo

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O presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB/AM), Petrucio Magalhães Júnior, afirmou que a conquista do Prêmio Nobel de Economia pela americana Elinor Ostrom, é um marco histórico não apenas por ela ter sido a primeira mulher a conquistar a honraria, mas também por colocar em voga o sistema cooperativista.

“O estudo premiado foi feito tendo como base as cooperativas madeireiras e de pesca dos Estados Unidos e mostra que é possível, sim, que os recursos naturais sejam geridos pela própria comunidade”, afirmou o dirigente.

A visão anteriormente aceita era de que a propriedade comum era mal gerenciada e que, por isso, deveria ser regulada pelo estado ou privatizada. Um outro aspecto abordado por Ostrom é que as cooperativas levam em consideração o conhecimento tradicional para o desenvolvimento de soluções autosustentáveis, sem que seja preciso degradar o meio ambiente e fazendo uma distribuição justa do que fosse produzido.
 
“Entre os ideais do cooperativismo está a gestão democrática e livre, a participação econômica dos associados, com autonomia e independência, educação, formação e informação. Estas foram as bases do estudo de Elinor Ostrom nas cooperativas que ela analisou. Já que sofremos duras críticas por causar desmatamento, devemos também levar em consideração estes estudos”, salientou Magalhães Júnior.

 Em meio aos preparativos para o I Encontro de Cooperativismo em Autazes, no próximo dia 16, onde vai se discutir temáticas em relação ao setor agropecuário e a cadeia produtiva do leite, além de apontar soluções para o escoamento da produção do município, o dirigente afirma que os aspectos abordados pela economista americana, onde ela tem como foco desenvolver novas formas de gerenciamento dos recursos naturais por comunidades de todo o mundo. “Neste sentido, podemos claramente adotar estas boas práticas em várias ações desenvolvidas pelas cooperativas no Amazonas, onde as pessoas comuns buscam soluções para problemas difíceis”, concluiu. (Fonte: OCB/AM)

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