OCB lança Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras

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Intenção é divulgar a potencialidade das cooperativas, bem como a qualidade dos produtos made in Brazil

Brasília (27/10) – A eficiência produtiva das cooperativas brasileiras, bem como a gestão de seus processos, são ingredientes que contribuíram para a expansão da fronteira comercial do setor. Itens como soja, carnes, café e açúcar figuram da lista dos produtos mais procurados por consumidores internacionais, como China, Estados Unidos, Alemanha, Emirados Árabes e Japão.

E, para ampliar as operações de exportação entre cooperativas do Brasil e seus 143 países consumidores, e, ainda, dar visibilidade aos produtos made in Brazil, a OCB acaba de lançar a edição 2015 do Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras. Em 2014, com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), 223 unidades cooperativas exportaram diretamente.

O material, online e editado em sete idiomas, oferece informações do tipo: lista de produtos, cooperativas aptas à exportação e suas certificações internacionais, contato das áreas comerciais. Além disto, também consta o endereço eletrônico da cooperativa para que o interessado possa buscar outras informações adicionais.

Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, atualmente, com a redução do mercado interno, resultado da crise econômica nacional, é preciso buscar novos caminhos que assegurem a venda dos produtos das cooperativas, bem como o seu crescimento. Ele relembra que parte do trabalho da OCB é divulgar o potencial imenso que as cooperativas brasileiras têm, quando o assunto é exportação.

“Nós acreditamos que, sem dúvida, a propaganda é a alma do negócio, especialmente, em momentos como a crise econômica brasileira. Temos duas escolhas: cruzar os braços, reclamar e esperar que a situação se resolva sozinha, ou trabalhar, ainda mais, revendo processos, para ampliar nossa participação no mercado, dentro e fora do Brasil. As cooperativas nasceram durante uma crise e, portanto, nos momentos de dificuldade, elas têm diante de si grandes oportunidades e capacidade de fazer história. E isso, sem dúvida, já está ocorrendo”, enfatiza Márcio Freitas.

MERCADO EXTERNO – A OCB, no seu trabalho de representação das cooperativas brasileiras, tem a função de fomentar, por exemplo, o acesso a mercados externos. Para isso, mantém estreito relacionamento com seus contatos nacionais e internacionais – embaixadas, ONU, entidades de representação de outros países, além de escritórios comerciais de outras nações.

“Por isso, é importante frisar que este catálogo é distribuído a todas as embaixadas, adidos agrícolas, escritórios comerciais mundo afora e, também, às nossas entidades parceiras nacionais e internacionais”, reforça Márcio Freitas.

NÚMEROS – As cooperativas brasileiras têm investido cada vez mais na gestão de seus negócios tendo em vista o aumento das exportações. De janeiro a setembro deste ano, as vendas das cooperativas para fora do país cresceram 1,35% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando um montante de US$ 4,13 bilhões (MDIC, 2015).

Ao longo de todo o ano passado, o total exportado pelas cooperativas foi US$ 5,28 bilhões. Ao comparar-se os valores das operações de exportação da última década, o resultado é ainda mais significativo: as exportações feitas por cooperativas cresceram em torno de 2,6 vezes entre janeiro de 2005 e setembro de 2015. Há 10 anos, a participação das cooperativas no montante global de exportação era de US$ 1,6 bilhão.

O resultado positivo da balança comercial das cooperativas mostra que o segmento trabalha com produtos de qualidade, tornando-se referência no comércio de muitos desses itens. Dentre eles, estão: açúcar e álcool, algodão, artesanato, bebidas, cacau, café, calçados, carnes, castanhas, especiarias, produtos têxteis, frutas, grãos, sementes e cereais, horticultura, leite e derivados, milho, produtos minerais, soja e derivados, além de trigo”.

ESTADOS EM DESTAQUE – As unidades da federação que mais se destacaram nos nove primeiros meses deste ano são o Paraná, com 36% das operações de exportação, respondendo pelo montante de US$ 1,48 bilhões e São Paulo, exportando US$ 812,7 milhões, equivalente a 20% do percentual total.

VENDA INTERNA – Além de ser uma vitrine importante para expor os produtores das cooperativas brasileiras aos seus parceiros internacionais, sem dúvida, o catálogo possibilitará a intercooperação, um dos princípios do cooperativismo. Ou seja, cooperativas poderão comprar umas das outras, fortalecendo o elo entre os entes deste grande movimento econômico mundial, que é o cooperativismo e já une mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.

 

Autoridades se pronunciam sobre a importância do Catálogo para a economia nacional


ORGANIZAÇÃO – “Nós acreditamos, com base na nossa experiência, que o comércio exterior é um elemento fundamental para o desenvolvimento de um país. Neste contexto, as cooperativas conseguem se organizar e, assim, buscam realizar negócios dentro e fora do país. Essa organização é feita com muita excelência. É impressionante ver este tipo de operação.” André Fávero – diretor de Negócios da Apex Brasil 


REPRESENTATIVIDADE - “Para a Embrapa é uma satisfação muito grande ver o quanto o setor produtivo está representado no cenário internacional, por meio da OCB e de suas cooperativas extremamente bem geridas. Com esta vitrine que surge, sinto, como brasileiro, orgulho de ver o Brasil se projetando internacionalmente com tanto profissionalismo.” Fernando Amaral – chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa


FORTALECIMENTO - “Todos os elos da cadeia produtiva nacional trabalham pelo mesmo objetivo: fortalecer o agronegócio brasileiro. Estamos muito felizes com este catálogo, pois ele tornará mais forte a nossa agropecuária, gerando emprego e renda ao produtor rural. Contamos, também, com o apoio das embaixadas na tarefa de divulgação dos produtos brasileiros. O Mapa estará, como sempre, ao lado de vocês.” Alberto Fonseca – Diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


PROTEÇÃO - “O cooperativismo é uma forma de desenvolvimento rural e de fortalecimento da atividade do campo. Por meio dele, também é possível encontrarmos alternativas que visem à eliminação da fome no mundo. Atualmente, 1 bilhão de pessoas ao redor do planeta vivem em extrema pobreza e 80% desse total estão na zona rural. O cooperativismo, com sua forma de valorização de pessoas e distribuição de renda, protege o homem que trabalha e que tira da terra o seu sustento.” Gustavo Chianca - Representante Adjunto da FAO no Brasil

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