Ocepar recebe diretoria do Conselho Americano de Grãos
Curitiba (10/12) – Integrantes do Conselho Americano de Grãos (U.S Grains Council) estiveram na sede do Sistema Ocepar, na tarde desta segunda-feira (8/12), em Curitiba, com o propósito de conhecer os sistemas produtivos brasileiro e paranaense, especialmente em relação à segurança, sanidade e comprovação de origem.
Havia diretores de Illinois, Indiana, Nebraska, Dakota do Norte e Arkansas, estados que fazem parte do chamado Corn Belt, cinturão do milho, além de um membro de Washington DC. Eles estavam acompanhados do representante brasileiro no Conselho, Alfredo Navarro de Andrade, e de profissionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O grupo foi recebido pelo assessor da Gerência Técnica e Econômica, Gilson Martins, que apresentou dados sobre o agronegócio, destacando as principais regiões produtoras de grãos no Brasil e no Paraná, com foco no cooperativismo e os principais números do setor.
“Chamou a atenção deles o tamanho do cooperativismo no Paraná, o papel e a potência das cooperativas em relação à segurança alimentar e a facilidade delas em realizar o rastreamento de grãos”, disse Gilson.
INTERESSES – Os visitantes acreditam que os produtores brasileiros possuem interesses comuns aos dos produtores americanos, de modo que todos podem ganhar em estratégias futuras de interesse comum. Ressaltaram a necessidade do agricultor demonstrar que o seu produto tem qualidade e é seguro, sanitariamente e ambientalmente. Um exemplo é a já existente articulação do US Grain com a Abramilho, Associação Brasileira de produtores de Milho, conforme relatou Lyndsey ERb-Sharkey, diretora da US Grains em Washington D.C.
SEGURO RURAL – Ainda de acordo com o assessor da Ocepar, a visita também foi oportuna pois promoveu troca de informações sobre o seguro rural. “Os visitantes comprovaram que houve uma ampla cobertura aos produtores americanos em 2012, quando os Estados Unidos enfrentaram um período muito severo de seca, que comprometeu grande parte da produção de grãos naquele país.
Por outro lado, nas regiões onde as lavouras são irrigadas, a colheita foi normal, garantindo ganhos superiores aos produtores”, contou Gilson. Representantes do Conselho Americano de Grãos se dispuseram a apoiar o Brasil nessa área e a repassar mais detalhes sobre o sistema adotado naquele país.
“Já estávamos nos organizando para levar uma delegação aos Estados Unidos em junho de 2015 para aprofundar nosso conhecimento sobre o assunto e também a respeito da Farm Bill, a Lei Agrícola americana aprovada este ano. Dessa forma, essa visita serviu para estabelecer uma importante parceria nessa área que eles dominam tão bem”, acrescentou Gilson.
EDUCAÇÃO E PESQUISA – O Conselho Americano de Grãos (U.S Grains Council) não possui atuação política. É uma instituição que se dedica à educação e pesquisa, mantida por um programa, o checkoff, que arrecada fundos para mantê-la. Para cada bushel (o equivalente a 25,4 quilos no caso do milho) produzido e comercializado de grãos, é recolhido 1,5 centavos de dólar que abastece esse fundo.
Esse programa é utilizado nos Estados Unidos em benefício de produtores de diversas commodities agrícolas, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de novos usos e mercados para os produtos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos é responsável por supervisionar a formação de organizações que atuam com o checkoff. (Assimp Sistema Ocepar)