Ocepar se reúne com profissionais de comunicação
Foi realizada nesta segunda-feira (29/6) apresentação da proposta do setor cooperativista para o aperfeiçoamento da legislação ambiental brasileira para profissionais do jornal Gazeta do Povo e da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), das áreas de planejamento e comunicação institucional do grupo. O evento aconteceu na sede do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e contou com a condução do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, e do coordenador de comunicação, Samuel Milléo Filho.
Segundo Milléo, este encontro havia sido proposto pela própria RPC, no sentido de esclarecer algumas dúvidas sobre o tema. De acordo com Koslovski, as cooperativas estão propondo uma ação pró-ativa e positiva em relação ao meio ambiente.
O presidente da Ocepar lembrou que o prazo estipulado por meio do Decreto Federal 6514/2008 para que os produtores façam a averbação da Reserva Legal vence no mês de dezembro deste ano, caso contrário, estão sujeitos a diversas penalidades. A RL é o percentual de área que deve ser conservada na propriedade rural com vegetação nativa. No Bioma Amazônia, este percentual é de 80%. No cerrado, este índice é de 35%, enquanto que no resto do País é de 20%.
Inviabilização - "O produtor paranaense está sendo chamado a disponibilizar, no mínimo, 20% para a Reserva Legal, além da mata ciliar. De acordo com o Ministério da Agricultura, um milhão de agricultores vão ficar inviabilizados se tiverem que cumprir a legislação vigente", ressaltou Koslovski.
"O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes também lembrou que se fossem aplicadas todas as normas ligadas ao meio ambiente, 80% do Brasil ficaria engessado e não daria para plantar nada. Isso demonstra que há necessidade de revermos toda essa legislação, visando sua modernização e flexibilização", acrescentou. Nesse sentido, o setor cooperativista acredita que é necessário encontrar uma alternativa que alie a produção agropecuária com a preservação do meio ambiente de forma equilibrada. "O que nós estamos defendendo é uma proposta técnica que seja factível e que contribua com o desenvolvimento do país", afirmou o presidente da Ocepar.
Diferencial - Koslovski explicou que o cooperativismo está propondo dividir a responsabilidade da preservação entre os agricultores, população urbana e poder público, tendo como premissa o artigo 225 da Constituição Federal: "Toda a sociedade tem o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo imposto à coletividade o dever de preservá-lo".
Pela proposta da Ocepar, o agricultor ficaria com a responsabilidade de manter as Áreas de Preservação Permanentes, que são aquelas compostas por vegetações ao longo dos rios, nascentes, restingas, bordas de tabuleiros e altitudes superiores a 1800 metros. Aos demais setores da sociedade caberia contribuir com o restante da preservação, devendo compor, no mínimo, 20% do território estadual. Atualmente 12% da área total do Paraná é coberta por matas. "Há ainda um passivo de 8% que necessitaria ser recomposto em nosso estado, de acordo com a nossa proposta", esclareceu o analista da Ocepar, Sílvio Krinski.
Presenças - Também estiveram presentes o superintendente José Roberto Ricken, o superintendente adjunto, Nelson Costa, o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop, Leornardo Boesche, o gerente de Desenvolvimento em Autogestão, Gerson Lauermann, os analistas da Gerência Técnica e Econômica, Sílvio Krinski e Robson Mafioletti e o assessor jurídico do Sescoop, Allan Ruschmann. (Fonte: Ocepar)