Ocesp cancela registro de 72 cooperativas


Setenta e duas cooperativas paulistas tiveram seus registros provisórios cancelados na Ocesp este ano, por não cumprirem o termo de compromisso com as adequações indicadas. Para o coordenador da área de Assessoria e Consultoria do Sistema Ocesp/Sescoop-SP, Mario César Ralise, o número é alto, mas, ao mesmo tempo, mostra que a organização está empenhada em zelar pela qualidade no cooperativismo. "Queremos contribuir para que as cooperativas funcionem de maneira adequada. Não queremos fiscalizar nem punir, entretanto muitos dirigentes não dão a importância devida aos compromissos assumidos na ocasião do registro provisório, e não podemos deixar de aplicar os critérios mínimos para o correto funcionamento destes empreendimentos", ressalta o coordenador.

O registro provisório foi estabelecido em 2003, com o objetivo de garantir o correto funcionamento das novas cooperativas paulistas. Para receber o certificado de registro definitivo, as cooperativas têm um ano para se adequar tanto com relação à gestão do negócio, como no cumprimento da legislação. "Precisamos construir cooperativas com bases sólidas, de acordo com a legislação (lei 5764/71) e os princípios cooperativistas. A Ocesp oferece ainda às cooperativas a opção de serem acompanhadas por nossos profissionais durante a vigência do registro provisório, por meio do Programa de Iniciação à Autogestão (PIA)", destaca Ralise. Desde que a norma foi criada, 55 cooperativas conquistaram o registro definitivo.

Transtorno - Em agosto venceu o prazo do registro provisório de uma cooperativa habitacional paulista. Mesmo avisada sobre as falhas, a cooperativa não se manifestou durante todo o ano, ficando com o certificado vencido. Recentemente procurou a Ocesp para regularizar sua situação, pedindo urgência, pois alguns cooperados tentavam liberação de recursos do FGTS para financiar unidades habitacionais na cooperativa, mas, como o registro estava vencido, a Caixa Econômica Federal não liberou o dinheiro. "A situação ilustra bem a falta de atenção dos administradores de algumas cooperativas e revela como o registro é importante", adverte Ralise.

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