Operações a juros controlados aumentam em 2007
Para o diretor do Departamento de Economia Agrícola da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, o crescimento da participação dos juros controlados no crédito rural é reflexo do aumento de depósitos à vista e da capitação da caderneta de poupança rural, bem como da redução da taxa de juros para o setor que passou de 8,75% para 6,75% ao ano na Safra 2007/2008. “O grande avanço na política agrícola brasileira, em 2007, foi justamente o aumento da oferta de crédito a custos mais baixos para o setor”, avalia.
As regiões Sul e Sudeste são líderes na contratação de crédito rural e respondem por 73,67% do total, com destaque para os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. Além dos R$ 22,4 bilhões liberados para custeio e comercialização nos primeiros cinco meses da Safra 2007/2008, (22,5% maior que o liberado na safra 2006/2007), o crédito rural para investimento aumentou 26,7% em relação ao mesmo período da safra anterior e já liberou R$ 2,4 bilhões.
Contratação de crédito para investimento cresce 38%
O financiamento pelos programas de investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) aumentou significativamente neste ano. O valor contratado entre julho e novembro de 2007 superou em 38% o contratado no mesmo período de 2006. Entre essas linhas de crédito o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) liderou as contratações e registrou, no mesmo período, aumento de 52%. A participação do Moderfrota no crédito contratado para investimento foi de 31,5% do total, valor significativamente maior que o registrado em 2006, quando foram liberados para o programa R$ 504,6 milhões. Este valor corresponde a 26,2% do total para investimento entre julho e novembro.
Como os demais programas de investimentos, que tiveram redução na taxa de juros, o Moderfrota, na Safra 2007/2008, teve a redução da taxa efetiva de juros de 8,75% ao ano para 7,5% ao ano, para produtores com renda bruta anual inferior a R$ 250 mil, e de 10,75% ao ano para 9,5% ao ano, para os demais. Além disso, foram incluídos entre os itens financiados pelo programa, pulverizadores autopropelidos, plantadeiras e de semeadoras usados. “Esse comportamento mostra que os produtores rurais voltaram a investir por acreditar nas boas perspectivas para a agropecuária nos próximos anos”, afirma Wilson Vaz de Araújo. (Fonte: Mapa)
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