Paulistano troca de cidade por imóvel mais barato
São Paulo (11/2) – Em busca de apartamentos mais baratos e para abandonar o aluguel, cada vez mais famílias trocam a cidade de São Paulo pela vizinha Taboão da Serra (Grande São Paulo). São os casos do gerente de vendas Marcos Talaia, morador do Campo Limpo (zona sul) e do bancário Walter Antonio B. Madalena, morador do Jardim Boa Vista (zona oeste).
Com suas esposas e filhos, os dois receberam nesta segunda-feira (2/2) as chaves dos imóveis construídos pela Cooperativa Habitacional Vida Nova. No total, foram entregues 104 unidades. Os apartamentos, de 112 metros quadrados e 119 metros quadrados, por exemplo, têm três quartos, suíte, quarto de empregada, duas vagas de garagem churrasqueira.
Os proprietários optaram pelo empreendimento por três razões: a documentação é simplificada, a cooperativa é conhecida no mercado e o valor das prestações não compromete a renda das famílias.
De acordo com a Vida Nova, os preços das moradias estão até 60% menores do que a média do mercado na cidade de São Paulo. Marcos Atalaia vai mudar para um imóvel de 119 metros quadrados até abril, cujo valor médio é de R$ 212 mil. “Conheci a cooperativa por indicação de amigos e depois fiz as contas. Não há dúvida que o modelo de cooperativa é mais acessível porque não tem tantos encargos como dos bancos”, explica o gerente de vendas.
Já Walter Madalena trocou um apartamento de 55 metros por um de 112 metros quadrados, cujo preço médio é de R$ 180 mil. A família tem pressa para concluir as obras de acabamento, como gesso, instalação de fiação elétrica e o piso quente, para curtir a nova moradia. “Dobrei o espaço para a minha esposa e os três filhos. É um grande negócio”, comemora o bancário.
O consultor jurídico da Ocesp (Organização das Cooperativas no Estado de São Paulo), Paulo Vieira, afirma que a migração das famílias paulistanas para cidades vizinhas é uma demonstração de que o modelo de cooperativa habitacional é uma alternativa viável para fugir dos bancos e do sistema financeiro de habitação.
“O que se adota na cooperativa não é um financiamento, portanto, não há juros. Na verdade, o proprietário é um sócio do empreendimento, pois participa de um rateio, desde a compra do terreno até a construção do apartamento com um custo menor”, explica Vieira. (Assimp Ocesp)