Pesquisa da USP aponta monitoramento da gestão de cooperativas como ferramenta essencial
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Pesquisando uma amostra de 27 cooperativas cadastradas junto à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) dos estados de São Paulo e Minas Gerais, o estudo chegou à conclusão de que investir nesta área é fundamental para o setor. “A situação merece muita atenção tendo em vista que este é um setor econômico importante, com histórico de problemas financeiros por falta de políticas agrícolas, e possivelmente por falta de estratégias de controle de processos”, afirmou, professor titular da FEA-RP e orientador do estudo.
Competitividade - As cooperativas precisam atender às especificações da lei 5764, de 1971, que, com relação à governança corporativa, descreve características de assembleia e conselhos de administração e fiscal. A lei determina também funções do conselho fiscal como a de dar pareceres nos relatórios financeiros auditados. Não é previsto na legislação nenhum órgão de regulação.
Hoje, a intenção do nosso setor é adotar as melhores práticas de governança corporativa, sejam elas recomendadas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) ou pela Organization for Economic Co-operation and Development (OECD). “O monitoramento e a governança corporativa são necessários pois essas cooperativas precisam ser competitivas uma vez que atuam em mercados onde operam empresas nacionais e multinacionais altamente eficientes”, destaca Luciana Cardoso Siqueira, autora da pesquisa.
No Brasil, 943 mil produtores rurais – em sua maior parte pequenos e médios proprietários – estão ligados às cooperativas agrícolas. Além destas famílias de agricultores, mais de 146 mil trabalhadores também dependem diretamente do setor. O monitoramento da gestão desses empreendimentos tem sido foco prioritário dentro do sistema cooperativista e foi tema de uma das pesquisas vencedoras do I Prêmio Sescoop de Excelência em Pesquisa do Cooperativismo, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), em 2012.
A pesquisa vencedora na categoria Pós-Graduando foi orientada pelo professor Sigismundo Bialoskorski Neto, dentro do Programa de Estudos e Pesquisas em Cooperativismo da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP), da Universidade de São Paulo. O mote principal é a importância da governança corporativa como forma de garantir transparência e qualidade de gestão do sistema.
Pesquisando uma amostra de 27 cooperativas cadastradas junto à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) dos estados de São Paulo e Minas Gerais, o estudo chegou à conclusão de que investir nesta área é fundamental para o setor. “A situação merece muita atenção tendo em vista que este é um setor econômico importante, com histórico de problemas financeiros por falta de políticas agrícolas, e possivelmente por falta de estratégias de controle de processos”, afirmou, professor titular da FEA-RP e orientador do estudo.
Competitividade - As cooperativas precisam atender às especificações da lei 5764, de 1971, que, com relação à governança corporativa, descreve características de assembleia e conselhos de administração e fiscal. A lei determina também funções do conselho fiscal como a de dar pareceres nos relatórios financeiros auditados. Não é previsto na legislação nenhum órgão de regulação.
Hoje, a intenção do nosso setor é adotar as melhores práticas de governança corporativa, sejam elas recomendadas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) ou pela Organization for Economic Co-operation and Development (OECD). “O monitoramento e a governança corporativa são necessários pois essas cooperativas precisam ser competitivas uma vez que atuam em mercados onde operam empresas nacionais e multinacionais altamente eficientes”, destaca Luciana Cardoso Siqueira, autora da pesquisa.
O estudo identificou exemplos de cooperativas que não somente adotam práticas indicadas de governança corporativa, como também primam por processos transparentes, auditorias independentes, e praticas de auditoria interna. Há aquelas também onde é indicado o preparo do conselheiro fiscal para a eficiência do monitoramento de suas atividades e podem ser consideradas exemplares.
“Há um esforço significativo dos órgãos de representação do cooperativismo para continuar melhorando essa situação e para incentivar as boas práticas de governança, para que o pequeno produtor, que depende de sua cooperativa, possa confiar na gestão de sua cooperativa”, resumiu Bialoskorski.
(Com informações - FEA-RP/USP)
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