Produção de trigo no Mato Grosso deve alcançar 1 milhão de hectares
Cuiabá (14/8) – Mato Grosso produz, atualmente, 70 mil hectares de trigo, uma área irrisória no estado que é campeão de produção de grãos, com 8,3 milhões de hectares de soja, 3,2 milhões de milho e 582 mil hectares de algodão. O fomento na produção do trigo foi discutido em reunião da Câmara Técnica do Trigo, vinculada ao Conselho de Desenvolvimento Agrícola (CDA) criado pela Constituição Estadual, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar. A reunião ocorreu na sede do Sistema OCB/MT, no fim de julho.
“Mato Grosso tem condições passar dos 70 mil hectares para 1 milhão de hectares de trigo”. A meta de produção do grão para os próximos anos foi feita pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Seneri Paludo. Ele se comprometeu solicitar à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) um levantamento de preço mínimo de produção para o trigo, a fim de subsidiar a elaboração de política pública aplicada ao grão.
Para o secretário de Agricultura de Mato Grosso, Luiz Carlos Alécio, “o trigo já é uma realidade no estado e a participação da Embrapa nesse processo de expansão por meio de pesquisa é imprescindível”. Para Alécio, “o trigo será uma grande alternativa para rotação de cultura, quebrando o ciclo de pragas”.
O Sistema OCB/MT, que tem assento na Câmara do Trigo, o cooperativismo é apontado com uma das alternativas para fomentar a produção do cereal. O presidente da Organização, Onofre Cezário de Souza Filho, disse que o cooperativismo está totalmente envolvido com o tema, pois, segundo ele, “não há alternativas para o crescimento de produção sem o auxílio das cooperativas”.
Cezário ressalta, ainda, que “a redução de custo, de logística e de ganho de escala só se darão por meio da união dos produtores, via cooperativa”.
O coordenador da Câmara Técnica do Trigo e pesquisador da Empaer, Hortêncio Paro, também é enfático ao dizer que as cooperativas são extremantes importantes nesse processo, “principalmente nas construções dos moinhos”. Ele explica que “a cooperativa pensa em seus cooperadores, que são os próprios produtores, e assim não ficam nas mãos da iniciativa privada”.
Diversas autoridades participaram da reunião, entre eles o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Seneri Paludo, o secretário do Sedraf, Luiz Alécio, o presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cezário de Souza Filho, o subsecretário da Sedraf, Milton Geller, o conselho do Sistema OCB/MT, Nelson Picooli e diversas lideranças do agronegócio. (Fonte: Sistema OCB/MT)