Profissionais do Sescoop/PR conhecem metodologia canadense
Conhecer em detalhes a metodologia de análise que dimensiona o desempenho social e econômico de um empreendimento. Esse é o objetivo do treinamento realizado com os profissionais do Sescoop/PR durante esta quinta-feira (17/03), no Hotel San Juan, em Curitiba. A consultora Maria Angelica Imperador de Paula, da empresa canadense MCE Conseils, e o coordenador geral da Caixa de Economia Solidária do Sistema Desjardins, Jean Bergevin, estão explicando o funcionamento e as características da ferramenta de avaliação. A atividade foi aberta pelo superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. De acordo com o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, a metodologia foi conhecida durante viagem ao Canadá de participantes do Programa de Formação de Líderes e Executivos, em 2010.
Consultores - Para ampliar os conhecimentos sobre o manual, o Sescoop/PR decidiu trazer os dois consultores para que ministrassem um treinamento aos profissionais paranaenses. "É uma ferramenta muito interessante que mede o equilíbrio entre a dimensão social e econômica da cooperativa. Em geral, hoje, a avaliação dos bancos considera apenas o aspecto econômico e relega a um terceiro plano a viabilidade e o impacto social de um empreendimento", explica. Segundo Boesche, a ideia é conhecer a metodologia, que pode tornar-se um referencial à criação de uma ferramenta similar no Paraná, com adaptações à realidade e especificidades do sistema cooperativo do estado. O método de análise canadense foi criado por meio de uma parceria entre empresas privadas, muitas das quais eram agentes financiadores de cooperativas, com a participação da Caixa de Economia Solidária do Sistema Desjardins. Fundado em 1900, em Quebec, no Canadá, o sistema de cooperativas de crédito Desjardins administra ativos superiores a 150 bilhões de dólares.
Empreendimento diferenciado - Para Jean Bergevin, coordenador da Caixa de Economia Solidária Desjardins, é preciso ressaltar que uma cooperativa é um empreendimento diferenciado, que não visa o lucro. "É claro que o lado econômico é importante, mas não se pode esquecer a finalidade do cooperativismo e seu alcance social. É esse aspecto que a nossa metodologia de análises considera, buscando uma avaliação de equilíbrio socioeconômico", afirma.
Método - Segundo a consultora Maria Angélica Imperador de Paula, a maioria das avaliações de desempenho eram adaptadas de empresas capitalistas tradicionais. "Faltava um método que pudesse mensurar gestão participativa, autogestão, democracia e os demais princípios do cooperativismo. Uma análise de balanço não considerava esses aspectos e por isso a importância da criação desta ferramenta específica, que dá uma abertura maior para uma avaliação mais positiva da atuação das cooperativas", conclui. (Fonte: Ocepar)
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