Programa vai recuperar rentabilidade dos avicultores em SC
Um programa de modernização da avicultura catarinense será proposto ao governo do Estado pelo Comitê Paritário de acompanhamento e avaliação da avicultura de Santa Catarina. Esse colegiado reúne representantes dos produtores rurais e das indústrias de abate de processamento de aves e tem a chancela das duas principais instituições do setor - Sindicato Patronal dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina (Sincravesc) e a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV).
O diretor executivo da ACAV, Ricardo Gouvêa, mostra que uma pequena parcela dos criadores de aves necessitam de apoio para modernização dos aviários, renovação de equipamentos e reestruturação da propriedade rural. Eles não acompanharam a modernização do setor.
O programa será formatado em parceria com a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural e perseguirá dois objetivos: crédito facilitado e simplificado para reformas e aquisição de equipamentos e, ainda, assistência técnica para elevar a qualidade do gerenciamento do estabelecimento rural.
Santa Catarina tem 10.000 avicultores e, entre eles, cerca de 2% encontram-se com resultados deprimidos em razão de instalações velhas e outros fatores, entre eles, a má gestão. Os chamados “avicultores exemplares”, aqueles que obtêm excelentes índices de produção, serão chamados para orientar (ensinar) os criadores com mau desempenho.
Os parâmetros de desempenho serão o relatório final do custo de produção de frango de corte em Santa Catarina, resultado de trabalho científico desenvolvido pelo Centro de Pesquisas de Suínos e Aves da Embrapa, em Concórdia. “As conclusões da Embrapa confirmam que o sistema de produção avícola integrada é viável, é rentável e é sustentável, influenciando positivamente o relacionamento de pelo menos 10.000 criadores e 20 indústrias avícolas”, assinalou Gouvêa.
O volume de recursos e a amplitude do programa serão discutidos com o secretário João Rodrigues, da Agricultura, nesta semana.
Milho - Outra preocupação é o milho, principal insumo da avicultura, cujo custo explodiu neste ano. O Comitê Paritário da Avicultura pedirá ao Governo federal a criação de estímulos para manter o cereal no país e abastecer as cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura. O Brasil está exportando milho para a China e já há previsão de escassez para o segundo semestre, o que exigirá importações. “O milho importado sairá muito mais caro”, prevê a ACAV. Santa Catarina importará neste ano – de outros Estados e de outros países – 2 milhões de toneladas. (Fonte: MB Comunicação)