Projeto núcleos femininos comemora 25 anos
Concórdia (22/11) - O projeto Núcleos Femininos é um dos programas mais antigos da Copérdia e, neste ano, completa 25 anos de atuação com associadas, esposas e filhas de sócios. Nesta quinta-feira, a Copérdia preparou uma solenidade especial para comemorar a data e dividir o momento com as líderes que fizeram parte da história do projeto. É o “Jubileu de Prata Núcleos Femininos”. Cerca de 500 mulheres estiveram reunidas no CTG Fronteira da Querência (Concórdia) para celebrar as bodas de prata do programa.
O projeto desenvolve lideranças femininas, dando oportunidade para que as mulheres ingressem nos Conselhos de Administração, Fiscal e Ética. Hoje, no ramo agropecuário e de grande porte, a Copérdia é a única cooperativa em Santa Catarina com representantes femininas no Conselho de Administração.
DIFICULDADE - O projeto social iniciou na década de 80 e o primeiro Núcleo Feminino foi fundado na comunidade de Sertãozinho, Lindoia do Sul. A primeira líder, Silene Bonesi, destaca que, “à época, havia dificuldades, mas a vontade de desenvolver atividades com as mulheres do interior era muito maior”. Para ela, as evoluções foram expressivas, mas o programa não perdeu o objetivo proposto desde o início que é desenvolver as mulheres e as famílias associadas.
À época, o presidente da Copérdia era Odacir Zonta. Segundo o cooperativista, a abertura dos Núcleos Femininos foi um divisor de águas na cooperativa. “Nós temos a Copérdia antes e depois dos Núcleos. Hoje a cooperativa tem mulheres nos três Conselhos: Administração, Fiscal e Ética”, avalia Zonta.
OPORTUNIDADE - Para o presidente da Copérdia, Valdemar Bordignon, o momento é de festa, em especial para as líderes que fizeram parte da história do projeto. “A Copérdia oferece oportunidades para que as famílias e as mulheres participem de forma mais ativa com a cooperativa. Percebemos que o programa mudou o cenário e a comunidade onde essas mulheres estão inseridas. Hoje elas são mais participativas e auxiliam a cooperativa na tomada de decisões”, destaca Bordignon.
Os programas sociais da Copérdia são acompanhados de forma direta pelo vice-presidente da Copérdia, Ademar da Silva. Para o dirigente, as mulheres são peças fundamentais nas famílias. “Elas têm uma visão mais apurada, tomam a frente das decisões e participam das escolhas da família. Do início do programa até hoje, percebemos uma evolução, tanto no comportamento das mulheres quanto na cooperativa”, manifesta Silva.
NÚCLEOS FEMININOS - O projeto atende, em média, 4 mil mulheres anualmente. O programa está dividido em Núcleos, que são grupos formados por mulheres de uma mesma comunidade do interior ou da sede dos municípios de atuação da cooperativa. Atualmente são 92 núcleos distribuídos em 18 municípios e que recebem duas atividades por ano: um curso de culinária e uma palestra.
Os cursos de culinárias estão voltados para o aproveitamento de alimentos que as famílias associadas produzem na propriedade. São receitas doces e salgadas que podem ser incrementadas no cardápio das famílias. Já as palestras estão voltadas para a saúde e bem estar das mulheres, passando ainda por cursos de beleza. Cada Núcleo possui uma líder que permanece no mandato por quatro anos, podendo ser reeleita ou substituída após o encerramento do mandato. (Assimp Copérdia)