Renda agrícola está projetada para 2009 em R$ 156 bilhões

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A estimativa de renda agrícola das vinte principais lavouras no Brasil em 2009 atingiu, em abril, R$ 156 bilhões, valor 3,2% inferior ao registrado no ano passado. Apesar da redução de renda, o valor estimado este ano é o segundo maior, depois de 2008, desde a série iniciada em 1997.

Em relação à estimativa divulgada no mês passado, houve um aumento devido, especialmente, à revisão dos dados de safra realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A diferença de estimativas também ocorreu por falta de informações dos preços da uva. A Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulga mensalmente a renda agrícola.

Os períodos de estiagem em novembro e dezembro do ano passado e em março e abril deste ano na região Sul e em Mato Grosso do Sul afetaram a safra de produtos agrícolas, principalmente, milho e soja. A região Sul vem mostrando uma queda de 11% na produção de grãos em relação ao ano passado. Essa queda se deve essencialmente às condições climáticas, sendo o milho o produto mais afetado, como explica o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques.

Do conjunto analisado, nove produtos apresentam variação positiva de renda em relação a 2008. Os maiores destaques são para a uva (218,5%), amendoim (21,17%), arroz (21,1%), cacau (19,7%) e mandioca (14,3%). a cana-de-açúcar com expectativa de aumento em 5,9% destaca-se  entre os produtos com grande expressão para a renda.

Os decréscimos reais de renda comparados a 2008 ocorrem no milho (-26,4%), algodão herbáceo (-22,8%), trigo (-19,3%), café (-14,4%) e cebola (-13,5%). Outros produtos como tomate, feijão, fumo, banana e soja também devem apresentar queda na renda. No caso da soja, embora com pequeno percentual de redução, o impacto em valor absoluto da renda é elevado por sua importância na composição da renda agrícola.

O Centro-Oeste (-10,3%), Sul (-7,9%) e Sudeste (-7,4%), demonstram maiores percentuais de queda entre as regiões brasileiras, observa o coordenador. Os estados de Mato Grosso do Sul (-17,8%), Paraná (-16%), Minas Gerais (-15,78%) e Mato Grosso (-11,86%) sofreram grande redução na renda. (Fonte: Mapa)

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