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Brasília, 9/5/2013 – Ressaltar os avanços do cooperativismo de crédito no Brasil nos últimos anos e discutir os desafios que o setor tem a enfrentar. Estes são os objetivos da primeira reunião em 2013 do Conselho Consultivo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (Ceco/OCB), que acontece hoje, em Brasília (DF). Com a presença de presidentes de organizações estaduais da OCB, representantes do Banco Central do Brasil (BC), da Confederação Alemã de Cooperativas de Crédito (DGRV) e de cooperativas de crédito do Sistema OCB, o encontro, nas palavras do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, “espelha a representatividade que o Ceco tem enquanto Fórum de discussão das estratégias do cooperativismo de crédito brasileiro”.
Lopes de Freitas ressaltou, em sua breve apresentação aos participantes, a importância que o cooperativismo de crédito possui no país. : “Hoje, o ramo é orientador para o comportamento dos outros setores da economia, vivendo um processo claro de melhoria da gestão, investimento em profissionalização e mantendo a sua essência”. Nosso presidente também destacou o grande desafio que o grupo reunido em Brasília tem: sustentar, com qualidade, os patamares de excelência e crescimento alcançados.
Trabalho conjunto - O diretor de Regulação Financeira do BC, Luiz Pereira, exaltou o grande interesse que o órgão regulador tem em atuar conjuntamente com o Sistema OCB. Ele argumentou que a reunião do Ceco se traduz em excelente oportunidade à troca de pontos de vista capazes de auxiliar o BC na avaliação e revisão de normativos, contribuindo para o fortalecimento do setor. “As cooperativas têm um papel fundamental no equilíbrio econômico e financeiro do país, complementando a oferta de produtos e serviços com suas próprias características. São verdadeiros agentes de inclusão financeira e, esta contínua colaboração entre as instituições, tem contribuído para o constante aperfeiçoamento dos marcos regulatórios”, disse Pereira.
O diretor complementou afirmando que o objetivo do Banco Central é sempre manter uma base regulamentar atualizada, ajustada às necessidades do setor. E resumiu: “O cooperativismo é uma excelente alternativa econômica à sociedade e deve ser fortalecido cada vez mais, para que o cidadão tenha o direito de empreender e crescer”.
Também compondo a mesa de abertura do evento, o coordenador do Ceco, José Salvino de Menezes, ressaltou o bom relacionamento com o Banco Central. Segundo ele, após a instalação de um departamento específico na estrutura do órgão para cuidar dos assuntos relacionados ao cooperativismo, os avanços foram significativos. “Com a criação do DESUC, os números apontam um crescimento constante do setor, numa média de 50% acima das demais instituições financeiras brasileiras. Isso se deve, sem dúvida, a essa parceria dedicada”, pontuou Menezes.
Otimiza BC - Encerrando os depoimentos iniciais, se pronunciaram o diretor da OCB e também presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebrás), Celso Régis, e o secretário executivo do Banco Central, Geraldo Magela. Após explicar o funcionamento regimental do Ceco, Celso Regis ressaltou: “Estamos fortemente empenhados em aprimorar nossos processos para alcançar, com cada vem maior qualidade, os objetivos estratégicos primordiais para o cooperativismo de crédito”. Já Magela aproveitou a oportunidade para reforçar o convite à atuação do Ceco como interlocutor no programa lançado pelo BC em fevereiro deste ano, o Otimiza BC. o principal objetivo do projeto é a redução de custos operacionais e procedimentos burocráticos, gerando maior rentabilidade às instituições financeiras do país. o coordenador Salvino de Menezes respondeu de pronto à convocação. "Vamos com certeza abraçar esta causa e participar ativamente”.
Assuntos em pauta – A reunião do Ceco tem previsão de término para as 18h de hoje. Ao longo do dia, a programação do evento inclui: uma apresentação dirigida pelo representante da DGRV, Matthias Knoch, sobre “Os desafios atuais do cooperativismo de crédito brasileiro”; outra apresentação, conduzida pelo coordenador José Salvino de Menezes, sobre os avanços, as conquistas e o Plano de Ação do Ceco para 2013; uma conversa com o chefe adjunto do Departamento de monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão da Informação (Desig/BC), Ailton Santos, sobre o projeto “Perfil das pessoas físicas tomadoras de operações de crédito nas cooperativas brasileiras”; além de exposições, conduzidas por representantes do BC, sobre o documento “Basiléia III”.
FGCoop – O Fundo Garantidor de Crédito das Cooperativas, lançado pelo BC em outubro de 2012, também terá espaço nas discussões dos membros do Ceco. Ele está em fase de regulamentação para começar a operacionalizar efetivamente. “O FGCoop visa trazer mais solidez e confiabilidade às cooperativas de crédito, resultando em mais segurança para os associados”, explica o coordenador do Ramo Crédito na OCB, Thiago Borba. Como vai funcionar: O fundo será uma garantia de depósitos, assegurando os valores de depositantes em cooperativas de crédito, igualmente ao que é feito no sistema bancário convencional. “Hoje, cada sistema tem seu fundo próprio”, acrescenta Borba.
Ramo crédito no Brasil – Dados de 2012
Cooperativas (ligadas ao Sistema OCB) – 1.049
Cooperados – 4.998.006
Empregados – 35.272
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