Sescoop Nacional é reconhecido por seu trabalho social
Brasília (1º/11) – O Brasil é um dos países com o maior índice de exploração sexual infanto-juvenil, segundo relatórios da Organização das Nações Unidas. O problema é grave e afeta principalmente crianças e jovens em situações de vulnerabilidade social, causadas pela extrema pobreza.
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e os demais membros do Sistema S têm trabalhado diuturnamente em prol do resgate socioeconômico dessas crianças e jovens. Liderados pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), esses órgãos desenvolvem um programa de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e jovens reconhecido internacionalmente: o ViraVida, criado pelo Conselho Nacional Sesi.
Cada entidade do Sistema “S” envolvida no programa contribui com sua área de atuação. O Sescoop, por exemplo, é um importante disseminador dos princípios cooperativistas, estimulando esses jovens a buscarem no cooperativismo um novo modelo de negócios – sustentável e socialmente justo – capaz de reinseri-los na sociedade. Ao unirem-se em torno de uma cooperativa, esses rapazes e moças viram donos do próprio negócio, assumem novas responsabilidades e encontram uma fonte de renda que os enchem de orgulho e felicidade.
SELO - Por seu apoio ao programa ViraVida, o Sescoop recebeu ontem o Selo Social ViraVida 2013 – Diamante. A homenagem foi feita, durante o 4º Seminário Nacional ViraVida, organizado pelo Conselho Nacional do Sesi, que lotou o Estádio Nacional de Brasília. O selo é oferecido às entidades que desempenham ações relevantes ao fortalecimento das práticas de responsabilidade social, de inserção socioprodutiva de adolescentes e jovens e, ainda, de desenvolvimento de meninas e meninos do Brasil.
“Nós nascemos com essa finalidade: qualificar pessoas, formar profissionais e gerar qualidade de vida aos jovens e às famílias cooperativistas do nosso País. São praticamente 15 anos de muito trabalho e dedicação. Então, ver isso reconhecido em nível nacional nos motiva a continuar trabalhando, dia após dia, para cumprir a nossa missão”, comenta a gerente geral do Sescoop Nacional, Karla Oliveira.
AUTORIDADES - O 4º Seminário Nacional ViraVida contou com a participação de várias autoridades que discutiram a questão da violência nas cidades brasileiras. “Para que o combate à violência funcione, o Brasil não pode ser tolerante com a violência sexual, por exemplo. O gol de placa que precisamos marcar na Copa de 2014 é não ter nenhuma vítima de violência”, disse a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
VIRAVIDA - mais de 3,7 mil jovens foram matriculados no projeto ViraVida do Conselho Nacional do SESI. Atualmente, o programa é desenvolvido em 19 estados, abrangendo 23 cidades, entre elas Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo. Do total, 1.854 alunos concluíram os cursos e 1.235 estão em sala de aula. Dos formados, 1.159 estão inseridos no mercado de trabalho, enquanto o restante participa de processos de seleção e aperfeiçoamento profissional.
Segundo o presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, a meta é encerrar o ano de 2014 com o projeto implantado em todas as capitais do país. “Esses jovens têm um grande potencial e muito talento. Se dermos uma oportunidade a eles, estaremos não só incluindo-os socialmente, como também assegurando a força de trabalho e a capacidade de consumo que movem a economia”, afirma.