Sul, Sudeste e Centro-Oeste definem ações prioritárias
Representantes das três regiões disseram que governança, capacitação, comunicação e intercooperação, dentre outros, são demandas urgentes
Brasília (12/6) – Presidentes, Superintendentes e Dirigentes do Sistema OCB definiram as ações prioritárias para este ano, durante fórum realizado na sede do Sistema Ocesp, em São Paulo, com a participação das unidades estaduais das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os objetivos da iniciativa foram promover um alinhamento com o grupo, baseadas no Plano Estratégico 2015-2020, com vistas à superação dos desafios do cooperativismo.
O presidente do sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, enfatizou que o Fórum é uma oportunidade de revisão e atualização do planejamento estratégico-sistêmico. Durante a abertura do evento, a liderança cooperativista reforçou a necessidade de defender os interesses do setor, diante do cenário político e econômico atual.
Ao apresentar e comentar os sete desafios nacionais do cooperativismo, Márcio Freitas evidenciou a dificuldade de obter dados e informações consistentes por parte das cooperativas, o que, para ele, é fundamental para transpor qualquer desafio. “Precisamos conhecer melhor a base, ter números que sustentem nossas decisões e deem maior legitimidade a nossos discursos”, disse.
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, a gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira, e a gerente geral da OCB, Tânia Zanella, também participam do evento em São Paulo.
DESAFIOS – A partir da apresentação de dados, informações e relatos feitos pelos representantes dos estados foram discutidas as prioridades para a superação dos desafios elencados. Os presidentes também detalharam a situação de cada organização estadual, bem como as iniciativas realizadas e as conquistas já obtidas por meio de projetos estruturadores.
SUDESTE - O diretor da OCB na região Sudeste e presidente do Sistema Ocesp, Edivaldo Del Grande, enfatizou a diversidade do cooperativismo presente nos quatro estados da região. “Percebo que os desafios são enormes, como problemas de governança, capacitação, falta de alianças estratégicas, comunicação tímida e dificuldade de relacionamento e reconhecimento por parte dos poderes públicos. Por isso, a maioria dos nossos projetos estruturadores trabalha a gestão, a governança, a qualificação de mão de obra e, principalmente, a capacitação de dirigentes e gestores”, explica o anfitrião.
SUL - Já o diretor da OCB na região Sul e presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, entende que o maior desafio é buscar mais integração entre a OCB e suas unidades. “Em função das diferenças entre os estados, há questões que poderiam ser objeto de ação conjunta. Por meio de uma sistematização nacional, considerando as particularidades regionais, podemos fortalecer a integração e a intercooperação, o que permitiria à OCB auxiliar na reestruturação das entidades estaduais”, concluiu Koslovski.
CENTRO-OESTE - Na opinião do presidente do Sistema OCB/MT e conselheiro do Sescoop Nacional, Onofre Cezário Filho, dentre os grandes desafios da região Centro-Oeste estão trabalhar a educação corporativa com foco no cooperativismo. “Nosso objetivo é formar executivos e dirigentes para os empreendimentos cooperativos. Outro desafio do Sistema em todo o Brasil é sistematizar a marca, a comunicação e a intercooperação em todos os processos em que as cooperativas atuam”, afirma.
DESDOBRAMENTO – A partir do debate e das sugestões dos participantes do Fórum Regional, o Sistema OCB formatará uma agenda de compromissos. Para isso, os presidentes e conselheiros das unidades estaduais trabalharam durante o encontro no alinhamento político-estratégico.
Já os superintendentes e equipes técnicas se dividiram em grupos de trabalho para relatar o andamento dos projetos estruturadores em execução, visando à indicação daqueles que serão adensados, descontinuados e outros a serem eventualmente propostos. (Com informação do Sistema Ocesp)