Técnicos do PR conhecem modelo de produção de biometano, no RS

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Curitiba (23/04) – Técnicos das cooperativas paranaenses Copacol, Batavo, Copagra e C.Vale estiveram no Rio Grande do Sul, no dia 15 de abril, para conhecer a central de tratamento de resíduos e o modelo de produção de biometano da Cooperativa dos Citricultores do Vale do Cai – Ecocitrus. “A viagem foi organizada pela Ocepar a pedido das cooperativas participantes do nosso Fórum de Meio Ambiente”, esclarece o engenheiro agrônomo e assessor de meio ambiente da Ocepar, Sílvio Krinski, que acompanhou o grupo.

NEGÓCIOS - Com sede na cidade de Montenegro, a 60 quilômetros de Porto Alegre, a Ecocitrus é formada por pequenos produtores e, ainda de acordo com Krinski, a cooperativa tem como foco dos negócios a produção de suco orgânico certificado, a extração de óleo essencial e, a última novidade, a produção de biometano. “Para viabilizar o cultivo orgânico da citricultura e recuperar as áreas de produção dos cooperados, a Ecocitrus criou uma base de beneficiamento de adubos orgânicos, chamada de Usina de Compostagem de Resíduos Agroindustriais. Atualmente, a unidade recebe 16.000 toneladas por mês de resíduo orgânico, derivado de agroindústria. A matéria-prima é oriunda da sua própria indústria de suco de laranja e de outras 150 empresas parceiras da região, recebendo os mais diversos tipos de materiais”, disse.

ROTAS - A central de tratamento de resíduos possui duas rotas para o tratamento de resíduos. A sólida, via compostagem, e a líquida por meio de biodigestão.

COMPOSTAGEM - Na linha de produção de resíduos sólidos existem cinco linhas de produção, que incluem três tipos de fertilizantes orgânicos, registrados no Ministério da Agricultura, além de tratamento de sementes e de cinzas. O composto orgânico é fornecido gratuitamente ao cooperado e vendido para terceiros a R$ 80/tonelada, com 50% de umidade.

BIODIGESTÃO - O modelo de produção de biometano é resultante de iniciativa conjunta entre a Ecocitrus, Naturovos - maior produtora de ovos do sul do Brasil -, e a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), formando o Consórcio VerdeBrasil. “O projeto tem potencial inicial de produção de 5 mil m³ por dia de gás e o projeto é considerado inédito no Brasil por gerar gás natural com alto teor de metano. O biogás é chamado na cooperativa de GNVerde, por possuir uma concentração final de 96% de gás metano”, conta Krinski.

ETAPAS - Ele esclarece também que o produto é feito por etapas, a partir de esterco de galinhas, bagaço de frutas, resíduos líquidos de agroindústrias (celulose), leite e iogurtes de laticínios entre outros resíduos orgânicos. Nesta planta, haverá recuperação de energia térmica (água aquecida), eletricidade (para indústria) e veicular (quando o gás é purificado a 96% de metano). Como o projeto não está concluído, alguns destes processos de produção de energia ainda não estão sendo realizados. O projeto tem como foco a produção de energia veicular. Atualmente, são produzidos pouco mais de 1.000 m3/dia de biometano, sendo que foi constituído para produção de 20.000 m3/dia. (Assimp Ocepar)

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