Unificação das cooperativas de crédito é um desejo de Roberto Rodrigues

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No mundo inteiro o cooperativismo de crédito atua em uma única instituição fazendo com que ela seja muito mais forte. No Brasil, ao contrário, existem várias instituições e sistemas, atuando de forma dividida. "Se este cenário continuar assim, não seremos fortes nunca", assinalou o Embaixador da FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - para o Cooperativismo, o ex-ministro Roberto Rodrigues, que falou neste tema durante a abertura da nona edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred), que está acontecendo em Nova Petrópolis (RS). "Tenho a esperança que nasça um firme propósito entre os dirigentes cooperativistas do setor de crédito, de começarem a discutir o tema de unificação para a formação de um único banco cooperativo", ressaltou Rodrigues.
 
Nesta mesma linha de pensamento, o presidente da Sicredi Pioneira RS, Marcio Port, acredita que a união das atuais cooperativas em uma única entidade, só vai trazer benefícios para todo o sistema. Ele citou exemplos de países como Alemanha e Holanda onde o Banco Cooperativo tem grande atuação e força no mercado. "O Rabobank, da Holanda, detém quase que 80% dos consumidores de produtos financeiros, atuando hoje em vários países, inclusive o Brasil", comentou Port.
 
Rodrigues lembrou que hoje quase 4 bilhões de pessoas estão ligadas a alguma cooperativa o que demonstra que é um sistema que realmente funciona como desenvolvedor social. Para ele, o cooperativismo é promotor de igualdade social, de sustentabilidade e equidade, o que resulta na promoção da paz social entre as pessoas e os países. "É por isto que a ONU elegeu 2012 como o Ano internacional do Cooperativismo, e nós queremos mostrar à Academia do Prêmio Nobel que o setor merece receber um prêmio como promotor da paz", concluiu o Embaixador da FAO.

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