15/6/09 - Indústria não teme fim da terceirização

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O fim da terceirização não assusta os empresários. A conclusão é de sondagem da Fiesp com 228 indústrias brasileiras para levantar as consequências para o setor da imposição de barreiras à contratação de serviços terceirizados. A maioria disse que não perderia competitividade se não pudesse terceirizar serviços.

O resultado surpreendeu até mesmo a Fiesp, que negocia nova redação para um projeto de lei em trâmite no Congresso sobre o tema.
Hoje, cerca de 54% das indústrias do país utilizaram serviços terceirizados nos últimos três anos, segundo o levantamento. Em São Paulo, o percentual sobe para 65%.

Apesar de a maioria dos entrevistados não admitir um impacto negativo do fim da terceirização, apenas 17% deles disseram que vão reduzir ou deixar de utilizar esses serviços -66% vão manter o nível de terceirização e, 17%, aumentar.

"A afirmação da maioria dos empresários de que o fim da terceirização não prejudica seus negócios não é coerente com a intenção deles de manter ou ampliar o uso do serviço", afirma Walter Sacca, diretor-adjunto do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.

Sacca disse que a atual redação do projeto de lei não proíbe explicitamente a terceirização, mas cria novas exigências para as empresas, que inviabilizam os contratos. No final de abril, o projeto foi retirado da pauta da Câmara e uma nova versão do texto está em elaboração no Ministério do Trabalho.

Para Sacca, as barreiras à terceirização prejudicarão principalmente as empresas de pequeno porte. "As grandes companhias poderão sentir um aumento de custo, mas vão se adaptar sem recorrer à informalidade. Já as pequenas tendem a tentar contornar aumentos de custos buscando soluções na informalidade."

Sacca afirma que a terceirização é uma tendência na indústria, mesmo com a pressão contrária das centrais sindicais. O motivo é que ela reduz os custos de encargos trabalhistas e de desenvolvimento de estrutura para áreas não afins.

"As pequenas empresas tendem a tentar contornar aumentos de custos buscando soluções na informalidade". Walter Sacca, diretor-adjunto da Fiesp

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