16/7/2009 - Exportação para países árabes cresce 4% no ano

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Marta Watanabe, de São Paulo
  
A queda no preço do petróleo e a manutenção do crescimento nas exportações garantiram saldo positivo na balança comercial entre o Brasil e os países árabes. O superávit foi de US$ 4,3 bilhões no primeiro semestre.

De janeiro a junho, as vendas aos países árabes cresceram 4,1% em relação ao primeiro semestre do ano passado. No mesmo período, as importações de produtos árabes tiveram queda de 61%. A redução no valor dos desembarques é creditada principalmente à queda no preço do petróleo, responsável por cerca de 80% da pauta de importações. Salim Taufic Schahin, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, lembra que o preço do barril de petróleo está atualmente em US$ 60 enquanto em julho do ano passado o valor era de US$ 145.

Para Schahin, a perspectiva para o segundo semestre é fechamento com superávit, com a tendência de estabilização dos preços do petróleo em um nível mais baixo. Ele também acredita que as exportações do Brasil para os países árabes deverão ter continuidade no segundo semestre. "No primeiro semestre, as exportações brasileiras para a região aumentaram, mas as exportações do Brasil para o mundo caíram 22%." De janeiro a junho o conjunto dos países árabes atingiu cerca de 6% de participação nas exportações totais do Brasil. O segundo semestre deve encerrar com fatia semelhante, estima.

Schahin credita o crescimento das exportações aos países árabes durante o primeiro semestre tanto ao movimento de estocagem de produtos como à demanda de consumo. "Assim como o Brasil, os países árabes foram menos afetados pela crise e devem ter um crescimento médio de 3% a 3,5% no ano", diz. Portanto, as vendas do Brasil devem continuar em ritmo semelhante no segundo semestre. Ele lembra ainda que o nível de comparação é alto, já que as exportações no primeiro semestre do ano passado já apresentaram crescimento em relação a 2007.

A pauta de exportações do Brasil para os países árabes no primeiro semestre incluiu itens tradicionais. Cerca de 61% das vendas ficaram concentradas em açúcar, carnes e minério de ferro. O que chamou a atenção e contribuiu para a elevação dos embarques foi a exportação de aeronaves, que cresceu 63% em relação ao primeiro semestre de 2008 e representou 6,3% do total exportado para a região.


Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 16/07/2009

 

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