31/03/2011 - Governo libera R$ 360 milhões para atender arrozeiros no sul do País

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Brasília - O governo federal está lançando novas medidas de apoio aos produtores de arroz do sul do Brasil, que enfrentam uma crise devido ao baixo preço do produto. Serão lançados leilões de opções pública e privada para permitir a comercialização de até 1 milhão de toneladas do grão. O governo vai destinar R$ 300 milhões aos leilões de opção pública e R$ 60 milhões para os de opção privada. A portaria interministerial autorizando esses leilões deve sair nos próximos dias.

Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o objetivo é garantir o escoamento da safra a preços melhores para os produtores. Atualmente, o valor de mercado praticado no Rio Grande do Sul está em R$ 20,00 por saca de 50 quilos. O preço mínimo fixado pelo governo é de R$ 25,80.

Na opção pública, o produtor compra, por meio de leilão, o direito de vender o produto ao governo. Nessas operações, realizadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), poderão ser comercializadas até 500 mil toneladas de arroz. Os produtores que participarem do leilão poderão vender o produto ao governo ao preço de R$ 29,00 a saca, para entrega em 30 de novembro.

Outras 500 mil toneladas serão comercializadas por meio de leilões de opção privada. Neste caso, o governo paga um prêmio a empresas interessadas em lançar opções de venda ao produtor a preço pré-determinado (R$ 29,00 a saca de 50 quilos para entrega em 30 de novembro). O presidente da Federação dos Arrozeiros do Estado (Federarroz), Renato Rocha, garante que essas medidas ainda não resolvem. O problema mais emergencial é a questão do credenciamento de armazéns junto à Conab, para que o produtor tenha acesso aos recursos.

A saca de arroz alcançou em fevereiro o menor preço dos últimos 11 anos em Santa Catarina, atingindo oito mil agricultores, responsáveis por 9,2% da produção nacional. Entre os principais problemas estão o menor consumo do cereal, e os grandes volumes de arroz ainda estocados. Os dados são do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa), da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado (Epagri-SC). Segundo a Epagri/Cepa, a saca de 50 kg de arroz valia R$ 21,40 em fevereiro.

Colheita

No Vale do Rio Pardo a colheita do arroz já chega a 73%. Dos 19 mil hectares de arroz cultivados na região, 13,8 mil já foram colhidos. O Vale do Rio Pardo está atrás apenas de São Borja, na fronteira oeste, que já colheu 84% da área semeada.

pbae

Veículo: DCI
Publicado em: 31/03/2011

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