Agricultura discute apreensão de máquinas agrícolas por bancos e crédito rural

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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural realizou nesta terça-feira (28/4) audiência pública para discutir a decisão de alguns bancos de apreenderem máquinas e equipamentos agrícolas de produtores rurais inadimplentes. O deputado Valdir Colatto, que propôs o debate, afirma que os produtores rurais têm tentado renegociar suas dívidas, mas não têm conseguido. O parlamentar, que é representante do Ramo Consumo na Diretoria da Frencoop, critica a apreensão de máquinas e equipamentos agrícolas. "É de fundamental importância suspender essas medidas sob pena de os produtores não terem condições de produzir e, consequentemente, de pagar os seus débitos", alerta.
 
Segundo a Assessoria Parlamentar da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), representada por Thiago Mota, os produtores disseram que a apreensão de máquinas por parte dos bancos pode gerar a perda de postos de trabalho no campo e na cidade devido ao aumento de 12% no déficit do parque de máquinas agrícolas. Além da possibilidade de diminuição em 10 milhões de toneladas da produção agrícola para este ano.
 
Por parte dos bancos são as ações judiciais em larga escala e as sucessivas prorrogações de vencimento determinadas pelo Governo Federal que desarticularam o sistema de financiamento de máquinas e equipamentos. Os bancos estariam concedendo créditos para os clientes que têm honrado seus compromissos e estariam se dedicando na cobrança das carteiras prorrogadas dos anos anteriores.
 
Para os bancos está claro que as sucessivas renegociações de dívidas impostas pelo governo nos últimos quatro anos passa ao produtor a sensação de que o não pagamento das dívidas possa ser um bom negócio.

Em contrapartida, segundo Thiago Mota, os parlamentares enfatizaram que é necessário que os bancos entendam as dificuldades do setor e firmem um pacto para resolver esse entrave. Além disso, os parlamentares concluíram que é urgente uma política específica para o setor, uma vez que não adianta  fazer renegociação com os bancos se os produtores não conseguirem obter novos empréstimos.
 

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