Amazonas tem mais de 33 mil pescadores profissionais registrados
Se depender da taxa atual de consumo - e da intenção de investir nas cooperativas de piscicultura do Estado -, o estoque pesqueiro dos rios da Amazônia tem potencial para garantir peixe farto na mesa da população, sem pôr em risco, a capacidade de reprodução dos cardumes.
Segundo o engenheiro de pesca e doutor em biologia e ecologia aquática Éfrem Ferreira, do Departamento de Biologia Aquática, do Inpa, a extração de peixes nos sete Estados da Amazônia está estimada em 217 mil toneladas por ano, o que corresponde a uma das maiores taxas de consumo per capita do mundo. Estatisticamente, cada morador da região come 500 gramas de peixe por dia, ou 182 quilos por ano, enquanto a média mundial é de 16 quilos por pessoa anualmente.
No Brasil, País com enorme litoral, o consumo diário de peixe é de apenas 20 gramas per capita, ou 7,1 quilos por ano, ficando muito abaixo do consumo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 12 quilos.
Dados do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aponta que a região possui cerca de 210 mil pescadores profissionais e, aproximadamente, 33 mil, registrados no Amazonas.
Pelo programa Amazonas Rural, do governo estadual, lançado no ano passado, os municípios Humaitá, Apuí, Lábrea, Canutama, Manicoré, Borba e Novo Aripuanã serão os vetores de fortalecimento do ramo da piscicultura, com o ideal de fornecer, paulatinamente, para o mercado local, as regiões Centro-Oeste e Sul do País.
“Numa primeira escala, trabalharemos as espécies tambaqui e matrinxã, para, posteriormente, inserir nesse módulo produtivo, o surubim e o pirarucu”, explicou o titular da Secretaria de Pesca e Aquicultura, Geraldo Bernardino.
Bernardino disse ainda que, dentro do Amazonas Rural, que arregimentará milhares de produtores, o foco é implementar 1.500 hectares de viveiros num período de quatro anos.
O fator preponderante para que o cronograma possa ser executado, requer atenção no que se refere à titulação de terras, uma vez que, as terras não possuem documentos que reconheçam a posse legal. A regularização fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Instituto de terras do Amazonas (Iteam). Para executar o plano de manejo, as proprietários das terras também precisam de licenciamento ambiental do Ibama e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Bernardino disse ainda que, dentro do Amazonas Rural, que arregimentará milhares de produtores, o foco é implementar 1.500 hectares de viveiros num período de quatro anos. O fator preponderante para que o cronograma possa ser executado, requer atenção no que se refere à titulação de terras, uma vez que, as terras não possuem documentos que reconheçam a posse legal. A regularização fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Instituto de terras do Amazonas (Iteam).
Para executar o plano de manejo, as proprietários das terras também precisam de licenciamento ambiental do Ibama e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Amazonas (OCB-AM), Petrucio Magalhães Junior, é importante que os piscicultores se organizem a fim de se fortalecer e estruturar políticas voltadas para o setor. “Há cerca de uma semana, conseguimos reunir com a secretária de governo do Estado, Rebecca Garcia, e apresentamos a ela, demandas para viabilizar, entre outras, medidas, a regularização fundiária e o cumprimento de metas dos programas do Amazonas Rural”, afirmou.
Outro fator que deixa o setor em dependência é a ração usada para manter as criações. Atualmente, todo milho e soja utilizados como ração, vêm dos estados de Roraima e Rondônia. A partir da implementação do polo de pesca, a ideia é que a iniciativa privada ou os próprios produtores rurais forneçam para o mercado local.
(Fonte: Sistema OCB-AM)