Aprovadas propostas da pecuária para o Amazonas
Com objetivo de garantir a sanidade do rebanho bovino do Amazonas, pecuaristas e representantes do segmento reuniram-se ontem, 03, na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), para discutir e aprovar propostas, para a erradicação da febre aftosa em 2011.
O encontro contou com a participação do presidente do Sistema OCB-Sescoop/AM, Petrucio Magalhães Júnior, que foi somar forças e apoiar as decisões coordenadas pela Faea, para o setor pecuário.
Durante o evento foram aprovadas as seguintes propostas: a cobrança da Guia de Trânsito Animal (GTA), a criação de uma Agência de Defesa Agropecuária, específica para cuidar da sanidade animal, e a implantação de um fundo privado emergencial, para indenizar criadores em eventual perda de rebanho, causada por febre aftosa.
De acordo com a Lei Estadual 2.923/2004, a emissão de GTA para bovinos e bubalinos custa R$ 1 por cabeça; para ovinos e caprinos, R$ 1 por lote de cinco cabeças, porém as taxas, apesar de legais, nunca foram cobradas.
A proposta da Faea é que haja efetividade na cobrança, e que 70% desses recursos, sejam destinados à Agência de Defesa Animal, órgão a ser criado e estruturado, para atender às necessidades do setor, garantindo autonomia orçamentária e administrativa, o que não acontece com a atual Comissão Executiva de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Amazonas (Codesav), vinculada à Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror). O restante da verba arrecadada, 30%, poderá ir para o fundo privado.
Segundo Muni Lourenço, presidente da Faea, as entidades regionais devem ter certeza de que estão em posição de detectar qualquer fase da febre aftosa e responder rapidamente a uma demanda. “Colocamos, enquanto setor privado, irmanado com o Governo do Estado e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como prioridade absoluta para o ano de 2011, a obtenção da classificação zona livre de aftosa com vacinação, para todos os municípios do Amazonas”, completou.
A manifestação de Muni Lourenço, procede do fato de que há sete anos o Amazonas não apresentou foco da doença, porém a maior parte do Estado é considerada pelo Mapa, em situação de ‘alto risco’, o que impede o trânsito de animais de outras regiões.
Para Petrucio Magalhães Júnior, o pacto firmado durante o encontro, demonstra maturidade, sintonia e maior integração de todos para a erradicação definitiva da febre aftosa, no Estado. “Sem dúvida alguma, vivemos um novo momento no setor primário do Amazonas, prova disso foi a aprovação unânime das propostas apresentadas pela Federação”, ressaltou.
O diretor-executivo da Comissão Permanente da Codesav, Alexandre Araújo, destacou que as medidas visam ampliar o leque de investimentos na pecuária da região.
De acordo com o representante da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE/AM), deputado Marco Antônio Chico Preto, as propostas atendem aos anseios do Governo do Estado, de propiciar mais eficácia nas ações do setor primário. “Dos 27 estados do Brasil 22 deles já implementaram o sistema, agora chegou a vez do Amazonas”, completou o deputado.
O encontro foi coordenado pela Faea, e dele participaram também lideranças dos Sindicatos Rurais do Estado. (Fonte: OCB/AM)