Argentina empurra leite barato para o Brasil
A Argentina está "empurrando" leite a preços baixos para o mercado brasileiro, afirmou hoje (7/4), o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Segundo ele, o Brasil não pode "virar depósito de excesso de leite", num momento em que a Argentina não tem para quem vender. Ele fez as afirmações ao participar da reunião da Câmara Temática de Leite da OCB e da Confederação Brasileira das Cooperativas de Laticínios (CBCL), onde se discutia a situação do setor de lácteos frente ao mercado externo.
Stephanes defendeu, no entanto, que seja estabelecido um mecanismo para que as importações de leite da Argentina voltem aos níveis de comércio anteriores à crise financeira internacional. Ele ressaltou que "não somos a favor do protecionismo, mas as exportações de um país não podem fugir do padrão em período de crise", disse o ministro.
Fertilizantes - Stephanes defendeu maior comprometimento da iniciativa privada e dos parlamentares com uma política que permita a ampliação de oferta de fertilizantes no mercado interno. "Eu fico no ministério mais um ano e pouco, mas estas coisas têm que continuar andando", disse.
Durante seu pronunciamento, Stephanes citou alguns pontos que, segundo ele, são críticos na agenda do ministério, como a questão dos fertilizantes. Ele disse que nos próximos 15 dias vai discutir com o Ministério de Minas e Energia uma proposta para elevar a oferta interna de insumos agrícolas. Hoje, o Brasil importa, em média, 70% do fertilizante que consome. No caso do potássio, o porcentual é ainda maior, chegando a 91%. (Com informações da Agência Estado/Fabíola Salvador)
"