Banco Central inaugura exposição “A Persistência da Memória” na Galeria de Arte

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Brasília (10/5) – O Banco Central inaugurou hoje a exposição “A Persistência da Memória” em sua Galeria de Arte, em Brasília. A mostra conta a trajetória do acervo artístico do Museu de Valores do Banco Central desde a chegada das obras à instituição. O presidente Alexandre Tombini fez o discurso de abertura, que contou com a presença do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile.

A abertura da exposição foi realizada pelo presidente do Banco Central Alexandre Tombini e por Luiz Edson Feltrim, diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania, no Salão Nobre, onde se encontra o quadro Descobrimento do Brasil, de Candido Portinari.

A mostra fará uma alternância a cada quatro meses da Coleção de Arte do Museu de Valores do Banco Central para que a totalidade das obras seja exposta ao público ao longo de dois anos, reafirmando o compromisso do Banco Central com a preservação e divulgação do patrimônio cultural do povo brasileiro.

Além das salas Cenas Brasileiras e Bandeira do Brasil, simbolizando os dois principais períodos de aquisição do acervo, grande parte das obras será exibida em um ambiente de reserva técnica, o espaço físico destinado ao armazenamento seguro do acervo quando as peças não estão em exibição.

A mostra será dividida em seis módulos curatoriais – O Brasil Brasileiro, Entre a Figuração e a Abstração, O Poder da Arte, Anos Rebeldes, Da Multiplicidade de Formas e Conceitos e A Persistência da Memória. Os módulos abordarão diferentes pontos da coleção, narrando as influências do cenário político, econômico e cultural do século 20 nas obras de arte.

PRIMEIRO - O Brasil Brasileiro, o módulo que abre a exposição, apresenta um panorama das artes no Brasil entre a Semana de Arte Moderna de 1922 e a crise econômica de 1929 e trata da missão dos artistas da época de criar uma arte essencialmente brasileira e estabelecer uma identidade nacional.

Entre as principais obras do módulo estão Composição, Bandeira do Brasil, de Alfredo Volpi, Samba, de Candido Portinari, Cena de rua com mulher, de Emiliano Di Cavalcanti, Galo, de Ademir Martins, Nordeste, de Antônio Bandeira, Festa caipira, de Fulvio Pennacchi, Trabalhadores, de Tarsila do Amaral, a escultura Cavalo ferido, de Vasco Prado, e O macaco, de Vicente do Rêgo Monteiro.
 
SEGUNDO - Entre a Figuração e a Abstração, o segundo módulo da mostra, apresentará as variantes da abstração no Brasil e sua tensa relação com o figurativismo, acirrada a partir dos anos 1950. Para ilustrar essa etapa estarão obras dos artistas Vicente do Rêgo Monteiro, Milton Dacosta, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Babinski, entre outros.

TERCEIRO - O terceiro módulo, O Poder da Arte, tratará do panorama das artes no Brasil entre os anos 1950 e o período do milagre econômico, apresentado sob a ótica das instituições de arte que se estabeleceram nesse período. O foco será na história da Galeria Collectio, cuja coleção viria a compor a grande maioria do acervo de arte do Banco Central. Os artistas que participam desse módulo são Tarsila do Amaral, Guilherme de Faria, Babinski, Tuneu, Alfredo Volpi, Candido Portinari, entre outros.

QUARTO - O Anos Rebeldes apresentará o panorama político, econômico e cultural dos anos 1970, englobando a crise do petróleo, os movimentos de contracultura, a guerra do Vietnã, o final do milagre econômico, o tropicalismo, a crise bancária e a relação com a recepção de obras de arte pelo Banco Central. Entre os artistas, estarão Aldemir Martins, Guilherme de Faria, Ivan Freitas, Babinski e Grassmann.

QUINTO - Da Multiplicidade de Formas e Conceitos, o quinto e penúltimo módulo, apresentará a nova configuração global a partir dos anos 1980, com a queda do muro de Berlim, a redemocratização nos países da América Latina, o Fundo Monetário Internacional e o neoliberalismo. O foco das obras estará nas 25 serigrafias da coleção Ecoarte, lançada por ocasião da Rio 92, em diálogo com obras modernistas do acervo.

SEXTO - O módulo A Persistência da Memória fecha a exposição trazendo os fundamentos do movimento surrealista, identificando o surreal e o onírico na coleção e fazendo uma comparação entre o surrealismo no mundo e no Brasil. Obras dos artistas Salvador Dali, Ismael Nery, Emiliano Di Cavalcanti, Cícero Dias e Vasco Prado farão parte do módulo.

SERVIÇO
Evento: Abertura da exposição “A Persistência da Memória”
Local: Galeria de Arte do Banco Central
Horário de funcionamento: De terça a sexta, de 10h às 18h. A galeria abrirá dois sábados do mês de junho, 14/6 e 21/6, de 14h às 18h. A partir de agosto, a galeria abrirá no primeiro sábado do mês, de 14h às 18h.

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