BC propõe alteração de prazos para envio de documentos contábeis

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Antecipar o prazo de remessa do plano contábil das instituições financeiras para um melhor acompanhamento da dinâmica do mercado. Essa é a intenção do Banco Central ao propor a alteração às instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional (SFN) – entre elas, as cooperativas de crédito. De acordo com o Chefe Adjunto de Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro do BC, Ailton Santos, os prazos, que variam de acordo com o tipo de documento produzido, deverão ser reduzidos pela metade.  “Nossa primeira preocupação é com a padronização. Hoje, os prazos são contados de forma diferente: alguns em dias corridos, outros em dias úteis. E o que estamos propondo às instituições, de imediato, é a contagem em dias úteis para todos eles. A partir daí, a redução pode chegar a 50% ou até 60%, conforme cada caso”, explica.

Segundo Santos, o BC, enquanto órgão regulador do segmento, tem necessidade de portar dados sempre atualizados sobre as instituições financeiras. A alteração nos prazos implicará no levantamento dessas informações de forma mais imediata, contribuindo para uma ação mais ágil por parte da autoridade monetária. “Assim, teremos condições de proporcionar respostas mais rápidas a possíveis sinalizações de mudança de comportamento na situação econômico-financeira do país”, conclui.
 
O BC está promovendo uma consulta junto a todos os players do segmento, entre eles, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e demais associações classistas. O grupo técnico do Conselho Consultivo de Crédito da OCB está avaliando a proposta e apresentará à sua coordenação, no próximo dia 6, um relatório sobre os impactos, condições operacionais e custos para as cooperativas de crédito em observar o novo cronograma sugerido pela instituição reguladora. De acordo com o gerente de Crédito da OCB, Sílvio Giusti, a preocupação do BC não poderia ser mais pertinente. “É importante esse diálogo entre as partes para que a evolução das normas seja factível, melhore o acesso e a relevância da informação para todo o mercado, sem que haja impactos negativos relacionados à elevação do custo de observância das cooperativas”, avalia Giusti.
 
O Banco Central espera consolidar a proposta final até a segunda semana de dezembro.
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