Belo Horizonte sedia Congresso Pan-Americano do Leite

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Representantes da cadeia produtiva do leite de Minas Gerais, do Brasil e da América Latina estão reunidos em Belo Horizonte com um único objetivo: fortalecer e promover o desenvolvimento no setor lácteo. Trata-se do 11º Congresso Pan-Americano do Leite, organizado pela Federação Pan-Americana do Leite (Fepale), com apoio do Sistema Ocemg/Sescoop-MG e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

A abertura oficial, realizada nesta segunda-feira (22/3), contou com a presença de autoridades municipais, estaduais e federais, além de técnicos nacionais e internacionais. Na oportunidade, o presidente do da Fepale, Vicente Nogueira Neto, falou da alegria em promover um evento de grande porte e de tamanha importância para o setor. “Devemos aproveitar as experiências relatadas aqui no evento para nos fortalecermos e conseguirmos ampliar o setor lácteo em toda a América Latina”.

Na ocasião, o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil, Márcio de Freitas defendeu a unidade dos agricultores cooperativistas do setor lácteo nacional. “Temos que trabalhar políticas públicas, mas não podemos esperar por elas. O ideal é nos organizarmos para definirmos mecanismos de proteção, de preço, de mercado, enfim, como forma de fortalecer nosso produtor, o cooperativista deste setor”, afirmou.

Já o presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato se diz otimista com o segmento do leite no cooperativismo mineiro. “O setor lácteo é de extrema importância para o país e o cooperativismo mineiro tem peso significativo neste cenário ”, concluiu.

Por sua vez, a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu, citou os desafios do segmento. “O maior obstáculo agropecuário brasileiro é conhecer sua complexidade. Precisamos da cobertura do risco frente às intempéries do preço e do clima”.

Representando o governo brasileiro, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, ressaltou a necessidade de apoio constante ao segmento. “Defendo a revisão constante de políticas públicas e também medidas protecionistas como forma de fortalecer o segmento do leite no Brasil frente aos efeitos da crise internacional, que vem se arrastando desde 2008”, disparou.

Além de destacar a importância do leite na história e tradição de Minas Gerais, o vice-governador de Minas, Antônio Augusto Anastasia, sugeriu alterações na condução das políticas públicas e econômicas hoje instaladas no Brasil. “É premente uma maior autonomia por parte dos estados para atender, de forma mais efetiva e coletiva, as reivindicações da agricultura, na qual está inserido o setor lácteo”, afirmou Anastasia.

Congresso - Representantes de 25 países participam do Congresso, que é bienal e tem como objetivo discutir a cadeia produtiva do leite, que é um importante segmento do agronegócio. Minas Gerais foi escolhido para receber os participantes do evento por ser o maior produtor brasileiro de leite e queijos.

A 11ª edição do Congresso contará com 45 palestrantes de 21 países do mundo, que se dividirão em três áreas temáticas: produção primária; indústria de lácteos; e economia e mercado para o leite e seus derivados.

O presente e o futuro do setor lácteo nas Américas e no mundo; Desafios para a produção sustentável do leite na América Latina no novo contexto de mudanças climáticas; As negociações multilaterais e o comércio de produtos lácteos; O papel da inovação tecnológica no desenvolvimento do agronegócio do leite; e Padrões internacionais de identificação para garantir rastreabilidade animal: impacto na cadeia produtiva do leite são alguns dos temas a serem abordados no evento, que prossegue até esta quinta-feira (25/03). (Fonte: Ocemg)
 

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