Biodiesel da Allcotton começará pelo óleo de soja

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A Cooperativa dos Produtores de Algodão de Acreúna (All Cotton) lançou no último sábado (23), em Acreúna, a pedra fundamental da construção da maior usina de biodiesel de Goiás. O projeto prevê o processamento de 500 mil toneladas de grãos de soja e caroço de algodão e produzir 114 milhões de litros de biodiesel por ano, quando atingir sua capacidade máxima. Segundo o presidente da cooperativa, João Pereira Matos, o início das obras terá início imediato e a usina começará a operar no início de 2008, mas obtendo o biodiesel a partir do óleo de soja.

“Nosso projeto compreende duas fases. A primeira prevê o processamento a partir do óleo de soja e só depois dos13 meses iniciais de operação começar o esmagamento das matérias-primas”, disse Matos informando que a decisão veio do estudo de mercado do projeto, que apontou alto índice de ociosidade das plantas de óleo de soja instaladas num raio de 150 km da All Cotton. “Fica mais barato começar com essas parcerias”, justifica o presidente da cooperativa. Para isso, a All Cotton está negociando com seis empresas produtoras de óleo de soja da região para colocar em prática a primeira fase da usina. O investimento total do projeto é R$ 150 milhões, captados em parceria com as empresas B2br e Meena Finance.

A usina da All Cotton é o nono projeto anunciado em Goiás nos últimos meses para a produção de biodiesel. O volume de investimentos destes projetos ultrapassa R$ 400 milhões e deve representar uma produção de 662 milhões de litros de biodiesel. Na segunda fase do projeto, explica Matos, os produtores associados vão abastecer a usina de matéria-prima, a maior parte (cerca de 70%) com soja e caroço de algodão (30%). “Como nossa produção cooperada não será suficiente, vamos buscar os outros produtores da região para completar o abastecimento, mas fazendo isso sempre que possível por intermédio de nossos cooperados”, informou o presidente da All Cotton. A estratégia da nova usina será destinar a produção para o mercado interno e exportar apenas o excedente. (Fonte: OCB-GO)

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