Brasil e Argentina renovam acordo de exportação de leite em pó

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Sistema de cotas traz benefícios aos dois países, reforçando seus laços comercias e trazendo previsibilidade ao cenário de importação de leite

Brasília (8/6) – Representantes do setor privado da cadeia produtiva de leite e derivados do Brasil e Argentina acabam de renovar o acordo para importação de leite em pó argentino. O novo acordo prevê a cota máxima para 4,3 mil toneladas mensais do produto, durante o período que vai de deste mês até maio de ano que vem, e de 4,5 mil toneladas de junho de 2017 até junho de 2018.

O acordo foi firmado nesta segunda-feira (6/6), em Brasília, por representantes da produção primária, cooperativas brasileiras e das indústrias dos dois países. A reunião contou com a participação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL) e, ainda, de representantes das iniciativas privadas e dos governos do Brasil e da Argentina.

PREVISIBILIDADE – O acordo busca proteger o mercado interno nacional de surtos de importação de lácteos que possam impactar negativamente o setor. O sistema de cotas, iniciada em 2009 para importação de lácteos da Argentina, traz benefícios aos dois países, reforçando seus laços comercias e trazendo previsibilidade ao cenário de importação de leite.

“Pela primeira vez, o acordo foi firmado para um período de dois anos, reforçando seu papel de previsibilidade. Isso, de certa forma, controla os impactos na balança comercial de lácteos”, avalia o coordenador da Câmara Temática de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira.

IMPORTÂNCIA – O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, destaca que, após duas reuniões, uma na Argentina e a de ontem, ocorrida aqui no Brasil, foi importante chegar a um acordo que atendeu aos interesses dos dois países. “Entendemos que este acordo pode parecer desinteressante, à primeira vista, porém para nossa cadeia de leite é o que podemos fazer para minimizar os efeitos das importações”, avalia Alvim.

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