Café: medidas de apoio anunciadas pelo governo contemplam pleitos cooperativistas

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Brasília, 9/8/2013 - A presidente Dilma Rousseff anunciou na última quarta-feira (7/8) uma série de medidas para auxiliar os produtores de café afetados pela queda dos preços internos. Na ocasião, foram apresentadas linhas de crédito para garantir a compra da colheita e o armazenamento, assim como um preço mínimo de sustentação. "Esperamos que os cafeicultores tenham condições tanto para produzir como para comercializar a colheita, e esse é o objetivo destas medidas", disse Dilma.

As ações de apoio apresentadas pela presidente contemplam diversos pleitos encaminhados pelo setor cooperativista ao governo federal. Uma delas é a realização de leilão de Contratos de Opção de Vendas de café já neste mês de agosto, com exercício de opção para março de 2014 e aporte de recursos acima de R$ 1 bilhão. A operação será executada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e deverá atender 3 milhões de sacas de 60 quilos de café. O preço para contratos do leilão é de R$ 343 a saca de 60 quilos, conforme edital que será publicado pela Conab.
 
Na avaliação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, as medidas chegam em boa hora e são vistas com otimismo: “O governo demonstrou sensibilidade para dar uma solução aos problemas dos cafeicultores, o que é muito positivo. Com certeza, elas darão novo fôlego ao setor, que atravessa períodos de baixos preços no mercado”, afirmou Freitas.
 
Na prática – O governo se comprometeria a comprar o café que não for comercializado ou exportado a um preço mínimo de R$343 a saca de 60 quilos, abaixo dos R$360 pedidos pelos agricultores. A medida prevê que o governo compre até três milhões de sacas em contratos com vencimento até março de 2014, volume que corresponde a cerca de 6% da colheita prevista para este ano, de 48,59 milhões de sacas, 4,4% inferior à do ano anterior. Atualmente, os cafeicultores estão vendendo o produto a cerca de R$ 270 a saca.
 
"Vocês não precisam vender imediatamente a produção porque terão à disposição recursos para mantê-la armazenada à espera do aumento do preço nos próximos meses", afirmou a presidente Dilma. Ela também anunciou a liberação de recursos para a política de preço mínimo de compra do grão, que permite aos produtores receberem um preço de sustentação caso as cotações fiquem abaixo dos preços de produção. "Dessa forma evitaremos que os pequenos produtores, que necessitam de recursos em curto prazo, vendam sua colheita a preços desvantajosos", comentou.
(Com informações – Agência EFE)
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