Caravana Embrapa desembarca no interior de São Paulo
Brasília (11/03) – Esta semana a Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias desembarcou no interior de São Paulo, com o objetivo de levar informações sobre as principais pragas causadoras de prejuízos aos produtores brasileiros. O foco tem sido a lagarta Helicoverpa armigera. A ação da Embrapa recebe apoio de entidades ligadas ao setor produtivo, dentre elas o Sistema OCB.
A Caravana está com palestras agendadas em alguns municípios. Em Avaré, a programação ocorreu hoje. Em Assis, as oficinas ocorrem amanhã e em Ribeirão Preto, no dia 16. A ação conta com uma equipe de 27 pesquisadores da Embrapa que atenderão aos técnicos da extensão rural e de cooperativas, além de representantes dos sindicatos e associações rurais.
A intenção é orientar sobre as estratégias de controle de pragas a fim de formar multiplicadores do conhecimento na região. A Caravana vai explicar como identificar e caracterizar as principais ocorrências, além de ressaltar a importância da adoção do manejo integrado de pragas (MIP), que é uma estratégia de controle que visa a manter a população de pragas abaixo do nível de dano econômico nas lavouras.
A utilização de inimigos naturais e de produtos biológicos otimizam o uso de defensivos químicos seletivos, reduzindo, assim, eventuais impactos negativos ao homem e ao meio ambiente.
BREVE HISTÓRICO – A ocorrência de lagartas do gênero Helicoverpa na região do Cerrado da Bahia foi observada a partir de fevereiro de 2012 em níveis populacionais nunca antes registrados, causando prejuízos na ordem de R$ 2 bilhões, em milho, algodão, soja, feijão comum, guandu, milheto e sorgo.
O manejo da praga é de difícil controle, pois ela apresenta grande capacidade de resistência a inseticidas e encontra no Brasil condições climáticas favoráveis, além da grande capacidade de dispersão a longas distâncias. Nesse cenário, a praga pode se tornar num grande problema fitossanitário nas principais culturas de verão de todas as regiões produtoras do País, afetando desde as culturas de soja, trigo, arroz e feijão, e também a de algodão, milho, tomate e girassol. (Com informações do jornal DCI-SP)