CDES avalia um cenário positivo pós-crise
“Temos um mercado bem controlado e vivemos num País que continua em crescimento, no entanto, é necessário entender que os desafios continuam”. Esta foi a avaliação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, que participou na manhã desta terça-feira (15/9), em Brasília (DF), da reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (CDES).
Segundo ele, os participantes da reunião avaliaram a situação do Brasil após um ano de crise econômica mundial. Segundo Freitas, a Pesidência da República reconheceu que o trabalho feito pelo CDES e pelo grupo de acompanhamento da crise do Ministério da Fazenda foi muito importante para o restabelecimento da economia brasileira.
A reunião teve a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que saudou os conselheiros e agradeceu pelas contribuições dadas ao governo durante o período agudo da crise e ressaltou a importância de que as políticas sociais brasileiras sejam consolidadas e institucionalizadas como políticas de Estado, para que os ganhos não se percam com as sucessões de governo.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil está saindo da crise da cabeça erguida. Assinalou que entre os países do G20, o País ocupa a terceira posição em crescimento, atrás apenas de China e Coréia do Sul. “O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a sair da crise porque seu crescimento era sólido e estava combinado com sólidos fundamentos macroeconômicos. Além disso, é importante ressaltar que o crescimento brasileiro é do tipo que gera empregos”, frisou o ministro da Fazenda.
Outra medida considerada de vital importância para a superação da crise foi o aumento do crédito promovido pelos bancos públicos. Segundo Mantega, os bancos públicos aumentaram o crédito em cerca de 25%, enquanto os bancos privados e estrangeiros aumentaram o crédito em 2%.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ressaltou o papel fundamental de aumento do crédito por parte dos bancos públicos para a superação da crise brasileira.