Cemil inicia obras no Nordeste em setembro
As obras da Cemil Nordeste devem ser iniciadas em setembro próximo em Caruaru, a 130 quilômetros do Recife (PE). A previsão é a que a terraplenagem e a construção sejam concluídas em 12 meses, abrindo caminho para a fábrica entrar em operação no segundo semestre de 2009.
A Cemil Nordeste é uma associação da Cooperativa Central Mineira de Laticínios (Cemil), majoritária com 55% e a pernambucana Cooperativa do Agronegócio do Leite (Cooleite), com os 45% restantes. O investimento estimado é de R$ 60 milhões, com capacidade para processar 200 mil litros diários de leite.
Segundo o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras em Pernambuco (OCB-Sescoop/PE), Malaquias de Oliveira, a Cemil já está providenciando a contratação de sete técnicos para cuidar da parte burocrática, da terraplenagem e da implantação da infra-estrutura do terreno de dez hectares doado pela Prefeitura de Caruaru.
O governo do estado já garantiu incentivos fiscais. “Paralelamente a este trabalho, vamos elaborar um diagnóstico dos produtores locais, que precisam ser organizados e capacitados para fornecer leite de alta qualidade à fábrica”, diz Oliveira.
Cooperativas fornecedoras - Os futuros fornecedores da Cemil Nordeste são integrantes de pequenas cooperativas de municípios como Sanharó, Capoeiras, Altinho, Caetés, Pedra e Itaíba. No diagnóstico, serão levantados dados como tamanho e perfil do rebanho, além das deficiências de cada produto, seja com alimentação, sanidade animal, ordenha ou transporte do produto. Uma fábrica ligada à Universidade Federal de Juiz de Fora e à Embraba Gado e Leite venceu a licitação e vai realizar o trabalho orçado em R$ 300 mil.
A Cemil Nordeste, segundo o presidente da OCB/CE, vem para reforçar o cooperativismo no estado, um segmento que cresce 5% ao ano. São 228 cooperativas. A fábrica de Caruaru vai produzir leite longa-vida, iogurte, queijos e bebidas lácteas com a marca Cemil. Num primeiro momento, a fábrica vai processar 120 mil litros de leite, chegando a 200 mil em três anos. Os sócios estimam a criação de 150 empregos diretos. Outra linha, ainda, em estudo prevê o engarrafamento de sucos e água de coco, visando ao mercado externo. (Fonte: OCB/PE)