Cenários para o leite em pauta na OCB

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As necessidades são complexas, disse ele, enfatizando a importância da formação de redes e alianças com instituições como Embrapa, MilkPoint, Cepea – do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). “É importante para termos inteligência de negócio, ou seja, ter acesso à informação, ter estratégias e apostar no negócio, na agricultura familiar, pois 75% dos sócios das cooperativas de leite são produtores de pequeno porte”.
A idéia lançada pelo presidente teve o apoio do diretor-presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, ao declarar em seu discurso que a instituição quer apoiar e produzir conhecimento para as micros e pequenas propriedades rurais. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, agradeceu o apoio do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, e enfatizou que a Organização tem sido uma parceira fundamental do governo, apresentando um trabalho vigoroso e eficiente para o setor cooperativista. "É necessário pensar em políticas que beneficiem o produtor rural, a curto, médio e longo prazo", disse Cassel.
O pesquisador e chefe da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, fez um breve histórico do início da parceria com a OCB e a Confederação Brasileira das Cooperativas de Laticínios (CBCL) e sua evolução. "Hoje, estamos lançando esse livro com informações e dados importantes para o desenvolvimento do setor". Ele ressaltou ainda que a Embrapa tem realizado um trabalho intenso no desenvolvimento de tecnologias de baixo custo e que já apresentam excelentes resultados no Nordeste.
Já o coordenador das câmaras temáticas de Leite da OCB/CBCL, Vicente Nogueira, disse que o setor está maduro o suficiente para elaborar estratégias a longo prazo. Prova disso está na publicação do livro "Cenário para o Leite no Brasil em 2020”, lançado durante o evento, que contou com a presença de aproximadamente 110 líderes, representantes de cooperativas de leite e derivados, pesquisadores e autoridades do Executivo e Legislativo. Participaram também representantes das Organizações Estaduais dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, Ceará, São Paulo, Rio Grande do Norte e do Distrito Federal.
O diretor-executivo do Agripoint, Marcelo Pereira de Carvalho, que apresentou e debateu com os participantes o estudo sobre cenários possíveis para o leite em 2020, disse que a produtividade da pecuária leiteira é de 1.200 quilos por hectare por ano. “As tecnologias disponíveis, porém, permitem elevar esse rendimento para 15 mil quilos anuais”, disse o coordenador da pesquisa.
O estudo foi encomendado pela OCB, Ministério do Desenvolvimento Agrário e CBCL, Sebrae e Agropoint.  A pesquisa teve a participação de 165 especialistas nas diversas regiões do País e áreas de atuação dentro do segmento lácteo, que junto com a Embrapa Gado de Leite obtiveram avaliações sobre quatro cenários possíveis para o setor em 2020.
O levantamento formula alternativas futuras que melhorem o desempenho do setor, mostra a situação atual, o perfil dos produtores e seus principais entraves. Nos últimos dez anos, a produção brasileira de leite cresceu 33%, saindo de 18,5 bilhões de litros em 1996 para 24,5 bilhões de litros em 2005, correspondendo ao aumento médio de 3,3% ao ano. As projeções para 2020, apontam uma expansão média anual de 4,9%.  Clique aqui e tenha acesso ao estudo.

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