Coari terá preço mais justo para a castanha-do-brasil
Discutir uma política pública para a cadeia produtiva da castanha, aumentar a produtividade e garantir um preço justo aos produtores e coletores de castanha do Médio Solimões (AM). Estes foram os temas abordados no 1º Encontro de Castanheiros de Coari (AM), realizado no último fim de semana. O evento contou com a presença do presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB/AM), Petrucio Magalhães Júnior.
De acordo com superintendente da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), Thomaz Meireles, que também participou do evento, a intenção foi mostrar aos extrativistas que eles não estão mais desamparados. “Apresentamos propostas concretas para o aumento da produtividade por meio do fomento e também oferecemos alternativas para garantir melhor preço ao produtor", afirmou o superintendente, referindo-se ao fato de o município ter sido incluído em políticas do governo para incentivo a produção e comercialização do produto.
Antes, os extrativistas vendiam o hectolitro ao preço que variava de R$ 25,00 a R$ 30,00, agora, o preço atingido será de R$ 52, garantindo um ganho de 58% a 28% a mais do que era vendido. “São conquistas que fazem a diferença na obtenção de melhorias e na qualidade de vida do castanheiros. Nossa preocupação é proporcionar capacitação destas pessoas, para que tenham condições de competir”, ressaltou Magalhães Júnior.
Um outro ponto abordado durante o encontro foram alternativas apresentadas pelo Instituto de Desenvolvimento do Amazonas (Idam) para o beneficiamento da castanha, o que agregará valor aos produtos, criando oportunidades de empregos a outras pessoas dentro do município, fazendo com que diminua o êxodo rural. “É importante manter os municípios do interior fortes para que possam gerar emprego e renda e promover a inclusão social, fazendo com que outros setores da economia do município possam se fortalecer, a exemplo do comércio e a área de serviços”, afirmou o dirigente da OCB/AM.
Também estiveram presentes os representantes do Conselho Nacional dos Seringueiros, Manoel Cunha, do Banco do Brasil, Lucyene Júnior Idam, Marildo Ximendes e Nadiele Pacheco.