Comissões do Congresso discutem a gripe Influenza A

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Hoje (5/5), o Senado Federal promoveu audiência na Comissão de Agricultura (CRA) para tratar da gripe Influenza A (H1N1).  Os expositores foram os especialistas em suinocultura Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e Pedro Camargo Neto, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

Eles falaram principalmente pelo Estado de Santa Catarina, líder no setor de suinocultura. Para eles, o setor já sofre com a crise mundial e a consequente falta de crédito para os produtores. Sendo assim, uma queda nas exportações devido à gripe seria desastrosa para o setor.
Os especialistas lamentaram o equívoco na comunicação em relação ao nome da gripe que, erroneamente, foi chamada de gripe suína, provocando um abalo de confiança na suinocultura. O medo agora é que a Influenza A possa afetar as exportações brasileiras.

O senador Raimundo Colombo, que solicitou a audiência, manifestou preocupação com os equívocos de informação que atingem a comercialização de carne suína no Brasil. Para ele, a obrigação de esclarecer a população sobre a não relação entre comer carne de porco e a gripe suína é do governo federal, que deve, em sua opinião, fazer campanhas públicas de esclarecimento, por meio do ministério da Saúde.

Na Câmara dos Deputados, a audiência em conjunto das comissões de Seguridade Social e Família; de Defesa do Consumidor; e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, ocorreu hoje à tarde.  O deputado Zonta, presidente da Frencoop, pediu - em nome dos produtores e exportadores de carne de porco - que a denominação popular da gripe seja retirada das notas taquigráficas da comissão e passe a ser usado - Influenza A ou Gripe A, como recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

As comissões discutiram ações preventivas contra a gripe Influenza A no País e ações de controle e tratamento para eventuais contaminações. O debate foi proposto pelos deputados Elcione Barbalho (PMDB-PA), Fernando Coruja (PPS-SC) e Cézar Silvestri (PPS-PR), com o intuito de saber quais as ações do governo brasileiro serão tomadas para a proteção da população e esclarecimento sobre o assunto.

Durante a Audiência, o diretor de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, disse que o Brasil tem um plano para enfrentamento da gripe suína.  "Há um estoque de medicamentos prontos, além daqueles que podem ser fabricados em FAR-Manguinhos [laboratório do governo no Rio de Janeiro]", informou 
Já o secretário de Produção Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Afonso Kroetz, admitiu que o nome que vem sendo adotado - gripe suína - prejudica o setor de produção e exportação de carne de porco.

"Houve um freio na produção, mas sem justificativa nenhuma", avalia Kroetz. Para ele, a situação pode ser resolvida com um melhor esclarecimento da população. "O vírus H1N1, que provoca a nova gripe, não tem nada a ver com suínos."  (Com  agências Câmara e Senado)

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