Coomapem produz fibras orgânicas

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Setenta e um cooperados da Cooperativa Agropecuária Mista de Manacapuru (Coomapem) receberam nesta quarta-feira (25/5) a Certificação Orgânica Internacional da empresa francesa Ecocert para a produção de juta e malva.  Os certificados foram entregues em uma cerimônia especial alusiva à VII Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos, no auditório Floriano Pacheco, que fica na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), no Amazonas.

Para Eliana Medeiros, presidente da Coomapem, uma das conseqüências será o aumento das exportações. “Isso desperta no produtor a necessidade de melhoria da qualidade da sua produção”, afirmou. Segundo ela, o momento mais difícil foi adequar a produção e sensibilizar os cooperados na manutenção dos padrões exigidos pelas normas. Dos 254 associados da Coomapem, 71 foram certificados.

O presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Valdelino Cavalcante, disse que o estado é o maior produtor de juta e malva do país. “Este é um momento importante, mas é apenas um passo, ainda temos que vencer o valor da negociação, para estimular a certificação de outros produtos”, acrescentou.

Petrucio Magalhães Júnior, presidente Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB-AM) acredita que o selo vai agregar pelo menos 30% ao valor do produto, e valorizou as parcerias: “Os custos para a certificação de produtos regionais ainda são altos, por isso o apoio de instituições como a Suframa e a ADS são determinantes”, revelou.
Ednilson Cruz, cooperado da Coomapem, que produz juta e malva certificadas, comenta que sua produção média por ano é de 15 toneladas de fibra. “Trabalho em conjunto com minha família e esse certificado vai melhorar o preço do produto e sua qualidade”, disse, revelando ainda que também planta melancia, milho e mandioca, além de criar um pequeno rebanho de gado.

A Coomapem estima que a produção de fibras chegue a mais de 2 mil toneladas este ano. Em 2010, foi de praticamente mil toneladas. O cacau nativo de Urucurituba (AM), Itacoatiara (AM) e Borba (AM) também foi certificado.
 

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