Coop é destaque em live sobre programa Floresta + Carbono
Brasília (21/10/2020) - Quem é cooperativista sabe bem o quanto o nosso modelo de negócio gera oportunidades e tem crescido por ter como um dos seus norteadores o desenvolvimento sustentável. Mas agora, diversos outros setores têm olhado para o cooperativismo e enxergado nele um exemplo de como preservar as florestas brasileiras sem deixar de garantir a subsistência das comunidade que vivem nessas regiões.
E para debater sobre o programa Floresta + Carbono e a importância de se reconhecer a atuação dos produtores rurais - entre eles os cooperados - que têm iniciativas de preservação do meio ambiente, o Canal Rural realizou, nesta terça-feira (20/10), a live “Floresta + Carbono: preservação e renda na Amazônia”. Durante a transmissão ao vivo o secretário de Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Leite, destacou o papel fundamental das cooperativas para o desenvolvimento do programa.
Para o secretário, as cooperativas têm uma boa organização e estão aptas a desenvolverem programas que valorizem os produtores cooperados que promovem iniciativas de preservação do meio ambiente. “As cooperativas vão ter um papel importantíssimo, especialmente nas regiões com alto dinamismo econômico”, destacou. Álvaro Leite ainda completou: “se ao voar de avião eu ganho milhas, porque ao conservar florestas eu não ganho nada? Como eu não faço isso virar uma realidade? O programa Floresta + vem pra isso, porque eu preciso de um programa de fidelização baseado em conservação”.
Já o consultor da OCB, Leonardo Papp, destacou que além do importância de se valorizar o trabalho das cooperativas em prol do meio ambiente, é fundamental que a legislação também leve em consideração as especificidades do modelo de negócio cooperativista. “Geralmente programas com pagamentos por serviços ambientais, com muita dificuldade, conseguem remunerar um pouco aqueles que desempenham uma atividade ambientalmente adequada. Se nós não tivermos o tratamento adequado [ao ato cooperativo] parte desse recurso pode ficar retido, pode não chegar na ponta, por conta de incidência tributária. A gente tem essa dificuldade acontecendo em outros programas de fomento e a regulamentação desse programa precisa dar conta disso”, ressaltou Papp.
Pagamentos por serviços ambientais
O debate em torno do pagamento por serviços ambientais é antigo e agora está integrado ao programa Floresta + Carbono. O objetivo é recompensar financeiramente produtores, cooperativas, indústrias e demais atores do setor produtivo e da sociedade civil que desenvolverem iniciativas de preservação ou recuperação ambiental em suas propriedades.
Além do secretário do MMA e do consultor da OCB, também participou do debate o presidente do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal, Frank Almeida.
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