Cooperativas batem recorde em exportações
As cooperativas brasileiras registraram um resultado recorde em vendas ao exterior no ano de 2011, alcançando US$ 6,1 bilhões em exportações, com crescimento de 39,8% em relação a 2010 (US$ 4,4 bilhões). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e também indicam saldo positivo da balança comercial, que fechou em US$ 5,8 bilhões, com incremento de 40,4% no comparativo ao mesmo período do último ano, quando atingiu US$ 4,1 bilhões.
Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, os números confirmam não só as projeções feitas pelo segmento, mas a receptividade dos produtos cooperativistas no mercado internacional. “Os doze meses de 2011 foram de crescimento, o que reflete a qualidade crescente dos itens oferecidos pelo setor. Além disso, temos trabalhado para manter a relação comercial com destinos tradicionais e, ao mesmo tempo, buscado novas oportunidades de negócio”, diz o executivo.
Produtos – No grupo de produtos exportados pelas cooperativas, continua em primeiro lugar o complexo sucroalcooleiro, com US$ 2,2 bilhões, respondendo por 36,7% do total. Em seguida, aparece o complexo soja, com US$ 1,3 bilhão e 20,5%. Café em grãos fechou o período com US$ 893,3 milhões, representando 13,6% das vendas. Carne de frango também está entre os principais itens e registrou US$ 569,9 milhões, correspondendo a 9,2%.
Estados exportadores – Na relação dos estados exportadores, São Paulo continuou na liderança, totalizando US$ 2,1 bilhões, respondendo por 33,7% dos negócios do setor. Paraná aparece na segunda posição, com US$ 1,9 bilhão e 31,3% do total. Na terceira colocação, está Minas Gerais (US$ 885,5 milhões; 14,3%), seguida do Rio Grande do Sul (US$ 363,6 milhões; 5,9%) e Santa Catarina (US$ 312,7 milhões; 5,1%).
Mercados – No acumulado de janeiro a dezembro de 2011, os Estados Unidos aparecem como o principal mercado de destino dos produtos cooperativistas. No ano passado, o país comprou US$ 739,2 milhões, o correspondente a 12% do total das vendas do movimento. A China, que figurou como o maior comprador durante vários meses, fechou o período na segunda posição, com US$ 736,1 milhões e 11,9%. Em seguida, vêm os Emirados Árabes (US$ 526,3 milhões; 8,5%), Alemanha (US$ 441,5 milhões; 7,2%) e Países Baixos (US$ 311,9 milhões; 5,1%).