Cooperativas de eletrificação discutem desafios do setor

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Workshop realizado pelo Sistema OCB contou com a participação de representantes de diversas cooperativas e de organismos internacionais

Brasília (28/7) – Novos rumos e estratégias mais eficazes para as cooperativas distribuidoras de energia elétrica do país. Ambos os assuntos foram discutidos hoje, em Brasília, durante do workshop “Os Desafios do Cooperativismo de Eletrificação”, realizado pelo Sistema OCB. A intenção foi proporcionar um ambiente no qual os representantes das cooperativas do Ramo Infraestrutura, pudessem discutir os desafios, gargalos e oportunidades para o setor.
 
A abertura do evento contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do diretor de gestão do setor elétrico do Ministério de Minas e Energia (MME), Marcos Franco Moreira, presidente da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), Jânio Stefanello, do deputado federal, Sérgio Sousa (PR), representante do Ramo Infraestrutura na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e Danilo Roque Pasin, representante nacional do Ramo Infraestrutura no Sistema OCB.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, reforçou que o cooperativismo tem sido uma marca clara de resistência e superação de crises. “O nosso setor é a grande barreira para mitigar os efeitos de qualquer problema econômico e o governo precisa ver isso, até para não ser um causar de problemas, como o não pagamento da CDE, por exemplo. O trabalho que é feito há mais de 60 anos pelas cooperativas de infraestrutura é fundamental, pois ocorre onde nenhuma empresa quer operar. Vocês asseguram o bom desempenho da produção rural onde estão inseridos e contribuem com o governo que pode fazer investimentos em outras áreas”, comenta Márcio Freitas.

A liderança cooperativista disse, ainda, que a melhor forma de encontrar caminhos viáveis para driblar as dificuldades do setor é discutir, em conjunto, as alternativas. “São vocês, os representantes das cooperativas as melhores cabeças para pensar onde queremos e podemos chegar. Espero que tenhamos, a partir deste evento, uma agenda positiva de trabalho que vá além da sazonalidade dos nossos governantes”, enfatiza o presidente do Sistema OCB.

CRESCIMENTO – O diretor de gestão do setor elétrico do Ministério de Minas e Energia (MME), Marcos Franco Moreira, fez questão de frisar que o governo está disposto a atuar em parceria com o setor. “Gosto muito do conceito do cooperativismo e, ainda mais, das cooperativas permissionárias, pois elas são feitas por pessoas que são tanto os gestores da cooperativa quanto os próprios consumidores. É preciso avançar nas discussões dos problemas do setor, encontrando saídas alternativas. É necessário, também, pensar em modernizar nossa operação. É claro que ainda temos muitos obstáculos, mas estamos abertos para continuar trabalhando pelo crescimento das cooperativas”, anunciou.

IASC – O presidente da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), Jânio Stefanello, enfatizou que a importância do trabalho das cooperativas pode ser medida por um indicador muito sério e confiável: o Prêmio IASC. “A nota média das cooperativas permissionárias, segundo o ranking do Prêmio Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor (IASC) de 2014, divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, é maior do que a das concessionárias brasileiras. Quatorze cooperativas obtiveram uma nota superior a 85 pontos, ficando à frente de todos os outros agentes do setor elétrico”, comenta.

PROGRAMAÇÃO – O evento discutiu ainda aspectos jurídicos, legais e regulatórios do cooperativismo de eletrificação, gestão da informação nas cooperativas de distribuição de energia elétrica e o segundo ciclo de revisão tarifária, bem como suas implicações.

INTERNACIONAL – O workshop contou com a participação do representante da Associação das Cooperativas de Eletrificação dos Estados Unidos, Lawrence Becker, e do assessor executivo da Federação Argentina de Cooperativas de Eletricidade, Marcelo Oscar Gallo, que participaram do painel: Experiências Internacionais – Um novo olhar sobre o cooperativismo de infraestrutura, oportunidade em que as cooperativas brasileiras puderam conhecer como o cooperativismo tem encontrado formas distintas de superar os desafios em todo o mundo.

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